segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Caravana mineira cumpre agenda pela igualdade racial no Rio de Janeiro

A Caravana Cais do Valongo, organizada pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), cumpriu com sucesso sua programação no Rio de Janeiro, no dia 17 de setembro/17. A comitiva, com destino ao Sítio Arqueológico Cais do Valongo, contou com a participação dos secretários de Estado Nilmário Miranda (Direitos Humanos) e Macaé Evaristo (Educação), de servidores, representantes de movimento negro e artistas.
Considerado o mais importante símbolo do tráfico transatlântico de humanos e validado como Patrimônio da Humanidade pelo Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o Cais teve suas ruínas redescobertas em 2011, durante as obras para os Jogos Olímpicos de 2016.
O resgate dessa história reforçou o debate sobre a importância da preservação da memória do período escravagista e da crueldade do tráfico negreiro. Estima-se que dos 4 milhões de africanos escravizados trazidos para o Brasil, um milhão desembarcaram no Valongo.
Durante a visita, o secretário Nilmário Miranda ressaltou a importância de relembrar a trajetória dos que ali chegaram, tendo o processo de memorialização como instrumento de luta para o enfrentamento das desigualdades sociais no país.
“Conhecer esse local representa para nós um momento simbólico diante da proposta da Sedpac de trabalhar pela promoção da igualdade racial em Minas Gerais. Uma coisa é saber, outra é sentir de perto que tudo que o lugar significou e significa, especialmente dentro do contexto de realização da Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial”, afirmou o secretário.
Nilmário destacou ainda que a Conferência, que será realizada de 29 de setembro a 1° de outubro e terá como tema “O Brasil na Década do Afrodescendente: Minas Gerais Promovendo a Igualdade Racial - Por Nenhum Direito a Menos”, irá embasar as políticas públicas que colocarão o Estado alinhado com os princípios da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), proclamada pela Assembleia Geral da ONU.
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