quinta-feira, 6 de abril de 2017

25 de Maio é o dia da África

Neste dia, os líderes de 30 dos 32 Estados africanos independentes assinaram uma carta de fundação, em Addis Abeba, na Etiópia.
Em 1991, a OUA estabeleceu a Comunidade Econômica Africana, e em 2002, a OUA estabeleceu o seu próprio sucessor, a União Africana. No entanto, o nome e a data do Dia de África foram mantidos como uma celebração da unidade Africana tema do Dia de África 2012 é África e da Diáspora”.
A celebração de Nova York foi realizada em Nova York em 31 de maio de 2011. Em Nairobi, foi comemorado no Parque Uhuru Recreational Park. Também deve ser notado que o Dia da África é celebrada como um feriado público em apenas cinco países africanos, Gana, Mali, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe.
No entanto, as celebrações são realizadas em alguns países africanos, bem como pelos africanos na diáspora.


Introdução

A mais marcante das singularidades africanas é o fato de seus povos autóctones terem sido os progenitores de todas as populações humanas do planeta, o que faz do continente africano o berço único da espécie humana. Os dados científicos que corroboram tanto as análises do DNA mitocondrial(6) quanto os achados pelo antropológicos apontam constantemente nesse sentido.
O continente africano, palco exclusivo dos processos interligados de hominização e de organização, é o único lugar do mundo onde se encontram, em perfeita sequencia geológica, e acompanhados pelas indústrias líticas ou metalúrgicas correspondentes, todos os indícios da evolução da nossa espécie a partir dos primeiros ancestrais hominídeos. A humanidade, antiga e moderna, desenvolveu-se primeiro na África e logo, progressivamente e por levas sucessivas, foi povoando o planeta inteiro
E a imagem que temos da África é a de um continente sem história. Sabemos hoje que os povos africanos já navegavam os mares à procura da rota para as índias milênios antes das caravelas portuguesas e espanholas.

Berço das primeiras civilizações mundiais

Uma das singularidades da África decorre do fato de esse continente ter sido o precursor mundial das sociedades agro-sedentárias e dos primeiros Estados burocráticos, particularmente ao longo do rio Nilo (Egito, Kerma e Kush). Ao longo dos séculos, as riquezas destes Estados, assim como as riquezas do império de Oxum, na parte oriental do continente, e do império de Cartago, situado na porção setentrional, aguçaram a cobiça de inúmeros povos vizinhos, desde o Mediterrâneo europeu (gregos e romanos) e o Oriente Médio semita (hicsos, assírios, persas, turcos, árabes), até o sudeste asiático (indonésios)

Suas tragédias:
Mas grande parte do continente ainda sofre com os efeitos da colonização europeia. O exemplo mais gritante é o surto de ebola, que afeta países como Guiné, Serra Leoa, Libéria, Mali, Senegal e Nigéria.
Algumas comunidades de Serra Leoa já perderam mais de 10% da população, vítima do ebola. Essa doença representa mais do que uma tragédia humana, também existe o desastre ecológico, que contribuiu para a morte de milhares de gorilas e chipanzés, nossos parentes genéticos mais próximos, por cepas do mesmo vírus. Cientistas calculam a morte de cerca de 5000 gorilas no Congo e no Gabão entre 2002 e 2004, e de 88% da população de chipanzés no Santuário Lossi.   Ou seja, o modelo imposto pelos colonizadores limita as possibilidades de desenvolvimento do continente, contribui para a destruição de riquezas naturais, e para a degradação do ambiente e da biodiversidade local.
Se liga:O surto recente do ebola é um típico exemplo da ausência de saneamento ambiental e de políticas sanitárias no continente africano, que oprimido pelo passado colonialista, pela dívida externa, e pela pressão dos organismos financeiros internacionais (FMI e Banco Mundial), da União Europeia e dos EUA, não consegue investir neste campo.
Faltam médicos, medicamentos, e mecanismos de controle sanitário, como o acompanhamento da propagação do ebola-vírus nos morcegos, que são o reservatório natural mais provável da doença, em roedores e outras espécies.
O Ocidente também tem fechado os olhos, como sempre, para as guerras civis e os conflitos militares, como o massacre de cerca de 2.000 pessoas na Nigéria, a maioria mulheres e crianças, pelo grupo extremista Boko Haram, na mesma época do atentado à revista francesa Charlie Hebdo.
Assim as grandes agências de notícias tentam isolar as vítimas do ebola nos limites da quarentena formada na Libéria, Serra Leoa, Guiné e Senegal, também não se observou nenhuma indignação em relação ao massacre da Nigéria. Nem passeatas, nem debates, muito menos o bombardeio de notícias pela mídia. Não verificamos a solidariedade dos líderes internacionais em razão deste atentado terrorista, ou de qualquer outro massacre.
Seu povo sua Riqueza majestosa
A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 820 milhões de habitantes .
É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habitam o meio rural, enquanto somente 37 % moram em cidades.

- No geral, é um continente pobre e subdesenvolvido, apresentando baixos índices de desenvolvimento econômico. A renda per capita, por exemplo, é de, aproximadamente, US$ 850,00. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques industriais pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são industrializados, vivendo basicamente da agricultura.
- O principal bloco econômico africano é o SADC (Southern Africa Development Community), formado por 15 países: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
- Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como, por exemplo, ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os países, pois é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa.
- Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco melhor do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.
- Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil).
- Os índices sociais africanos também não são bons. O analfabetismo, por exemplo, é de aproximadamente 40%. 
- As religiões mais presentes no continente são: muçulmana (cerca de 40%) e católica romana (15%). Existem também seguidores de diversos cultos africanos.
- As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês, árabe, português e as línguas africanas.

 - A África possui uma fauna rica e diversificada. Os principais animais que vivem neste continente são: elefante africano, leão, zebra, rinoceronte, hipopótamo, leopardo, hiena, gorila, chacal, chipanzé, girafa e avestruz.
A África é um  continente com, aproximadamente, 30,27 milhões de quilômetros quadrados de terras. Estas se localizam parte no hemisfério norte e parte no sul. Ao norte é banhado pelo mar Mediterrâneo; ao leste pelas águas do Oceano Índico e a oeste pelo Oceano Atlântico. O Sul do continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos.

A África também e aqui...
A maioria dos países que compõem o continente africano apresenta muitas similaridades com o Brasil. Primeiramente, os aspectos naturais de ambos têm em comum a presença de extensas áreas florestadas, como a Amazônia brasileira e a Floresta Equatorial do Congo. Em seus territórios estão localizados os dois maiores rios em volume de água do mundo, o rio Amazonas e o rio Congo, respectivamente. Outro ponto em comum são as enormes faixas de clima tropical recobertas por vegetação esparsas, conhecida como Savanas, na África, e Cerrado, no Brasil. Na literatura de língua inglesa, o Cerrado é conhecido como Brazilian Savanna, ou seja, a Savana Brasileira.
O tráfico negreiro e a escravidão determinaram o presente do nosso país. A população vinda do continente africano criou aqui raízes, família, cultura, história. Hoje, 53% dos brasileiros se declaram pretos ou pardos, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013. Esse grupo é grandemente desfavorecido. Dados tabulados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) comprovam: eles são a maioria dos analfabetos, com a maior taxa de distorção idade-série, e o trabalho infantil é mais comum entre eles do que entre brancos

Finalizando

Dia da África ou a Semana da África, celebrado no dia 25 de maio ou de 26 a 28 de maio, é um evento anual promovido pelas Delegações Africanas Permanentes perante a UNESCO, que visa a aumentar a visibilidade da África, destacando a diversidade de seu patrimônio cultural e artístico.

No Brasil, o Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas celebra esse dia para promover o reconhecimento da importância da interseção da história e da cultura africana com a história e a cultura brasileira, buscando transformar as relações entre os diversos grupos étnico-raciais que formam o país.
Esta celebração é uma oportunidade para se organizar festividades culturais como, exposições artísticas, filmes, apresentações, exposições gastronômicas e noites de gala. É também uma ocasião para se organizar conferências e debates sobre várias questões importantes a respeito do continente africano e das influências desse continente na história e na cultura brasileira.

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

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