terça-feira, 17 de agosto de 2010

As danças afro-brasileiras foram definidas como as danças religiosas e profanas da África

Dança Afro Brasil
As danças afro-brasileiras foram definidas como as danças religiosas e profanas da África trazidas pelos escravos e aqui desenvolvidas e transformadas por forças de diferentes influências, inclusive do sincretismo religioso.Nas danças religiosas, cada orixá (divindade africana) é convocado ou homenageado através de ritmos e movimentos próprios e característicos. As danças profanas ocorriam nos momentos de festas nas senzalas e eram, entre outras, o Zambê, o Lundu, o Jongo e o Samba.Dança Funk Brasil
O derivado da dança funk mais presente no Brasil é o funk carioca. Na verdade, essa alteração surgiu nos anos 80 e foi influenciada por um novo ritmo originário da Flórida, o Miami Bass, que dispunha de músicas erotizadas e batidas mais rápidas. Depois de 1989, os bailes funk começaram a atrair muitas pessoas. Inicialmente as letras falavam sobre drogas, armas e a vida nas favelas, posteriormente a temática principal do funk veio a ser a erótica, com letras de conotação sexual e de duplo sentido. O funk carioca é bastante popular em várias partes do Brasil e inclusive no exterior
SAMBA DE GAFIEIRA e BOLERO
Samba de GafieiraFoi somente na década de 40 que o Samba de Gafieira se tornou conhecido. O samba originalmente era dançado em cabarés e gafieiras, daí o nome samba de gafieira, localizados no Rio de Janeiro.Este tipo de dança incorporou alguns movimentos que são característicos do tango argentino e incluiu também passos acrobáticos.A coreografia da gafieira é baseada na dança de salão, porém um pouco menos regrada, já que possui o molejo e a malandragem do samba, mas sem descartar a elegância e o respeito.
Bolero
O Bolero é um ritmo que mescla raízes espanholas com influências locais de vários países hispano-americanos. Surgiu no Caribe, mas sofreu modificações, especialmente desenvolvendo temas mais românticos e ritmo mais lento.Actualmente ele recebeu um novo formato com mais giros e pode ser dançado também em músicas como MPB (Música Popular Brasileira) e baladas.O primeiro Bolero data de 1883 em Cuba, posteriormente adoptado pelos mexicanos, e depois por toda a América Latina.Venha e deixe-se conduzir pela graciosidade da dança e sua música envolvente.

CAPOEIRA
A Capoeira tem música, criatividade, expressão corporal, ritmo de instrumentos musicais, das palmas e das vozes. Além de trabalhar harmoniosamente a totalidade das várias qualidades físicas de base e os componentes psicomotores como a acuidade visual e auditiva, o uso indiscriminado dos lados esquerda e direita, a coordenação motora, etc.Quanto aos movimentos da Capoeira, é notória a sua riqueza e complexidade, não por serem de difícil execução, mas por conduzirem o praticante a experiências imprevisíveis, cujos resultados do treino superam as expectativas. Ao treinar e obter resultados, o praticante entende que tudo se consegue se houver força de vontade e isso vai ajudá-lo a ser uma pessoa persistente, não só na Capoeira, ma também na vida.Os movimentos soltos, circulares e sem impacto são característicos da Capoeira e proporcionam o desenvolvimento de todas as partes do corpo, músculos, articulações, assim como mente e espírito.Geralmente a criança ou o jovem identifica-se muito com a Capoeira porque as aulas possuem um carácter extremamente lúdico, onde há um ambiente não só de aprendizagem, mas também de divertimento.Normalmente, ao final de cada workshop, é feita uma roda de Capoeira, na qual os participantes têm a oportunidade de mostrar tudo o que aprenderam, ou seja: brincar com amigos através dos movimentos ensinados (jogar Capoeira) , a tocar instrumentos, ou a cantar.

O maxixe foi o primeiro tipo de dança urbana surgida no Brasil

O maxixe foi o primeiro tipo de dança urbana surgida no Brasil. Era dançado em locais que não atendiam a moral e aos bons costumes da época, como em forrós, gafieiras da cidade nova e nos cabarés da Lapa, no Rio de Janeiro. Por volta de 1875, estendendo-se mais tarde aos clubes carnavalescos e aos palcos dos teatros de revista. Os homens de classes mais privilegiadas freqüentavam esses bailes e gafieiras, em busca da sensualidade das danças africanas.
"Os pares enlaçam-se pelas pernas e braços, apoiando-se pela testa, essa maneira de dançar lhe valeu o título de escandalosa e excomungada. Foi perseguida pela polícia, igreja, chefes de família e educadores. Para que pudessem ser tocadas em casa de família, as partituras de maxixe traziam o impróprio nome de "Tango Brasileiro".
Era uma forma de dançar não atrelada a um gênero musical específico, sendo inicialmente dançado ao ritmo do tango, da havaneira, da polca ou do lundu. Só nos fins do século XIX, as casas editoriais consideraram-no um gênero musical, imprimindo as músicas com essa classificação: "a primeira dança genuinamente brasileira".
No início do século, alcançou grande sucesso nos palcos europeus, sendo apresentada com requintes coreográficos pelo dançarino Duque, na França e na Inglaterra, em 1914 e 1922, quando entrou em declínio cedendo espaço ao fox-trote e posteriormente ao samba.

A dança originou-se na África como parte essencial da vida nas aldeias. Ela acentua a unidade entre seus membros. Em sua maioria, todos os homens, mulheres e crianças participam da dança, batem palmas ou formam círculos em torno dos bailarinos. Todos os acontecimento da vida africana são comemorados com dança, nascimento, morte, plantio ou colheita; ela é aparte mais importante das festas realizadas para agradecer aos deuses,uma colheita farta.
As danças africanas variam muito de região para região, mas a maioria delas tem certas caracteristicas em comum. Os participamtes geralmente dançam em filas ou em círculos, raramente dançam sós ou em par. As danças chegam a apresentar algumas veses até seis ritmos ao mesmo tempo e seus dançarinos podem usar máscaras ou enfeitar-se.
A dança está presente no dia-a-dia das pessoas, seja no vilarejo ou no bosque sagrado ou das florestas. A dança interrompe a monotonia e estrutura do tempo. Assim como uma canção, a dança é uma forma de contar histórias.
Dança e Esporte
Pular deitar e rolar fazem parte do jogo da capoeira. Não escapa se quer um músculo sem ser trabalhado ao ritmo do berimbau do atabaque e do pandeiro. Desenvolvem aspectos motores, passa noções de disciplina canaliza a agressividade.
Esse jogo conquista pai, mãe e a garotada: tem música que brasileiro nenhum dispensa; a seqüência dos movimentos parece uma dança e faz bem para a mente. Além disso pode ser a "senha" para despertar o interesse de seu filho por esporte.
Dos tempos da escravidão pra cá, muita coisa aconteceu no mundo da capoeira, foram crises proibição, liberação, perseguição e etc ... Atualmente a capoeira é reconhecida e praticada mundialmente por um número muito grande de pessoas.

Danças afro-brasileiras
baiano/ baião-de pares
bambelo ou coco-de zambê-de roda
bate-baú-de roda
batuque-de-fileira
calango-de-pares
carimbó-de-roda
caxambu-roda
frevo-individual
jongo-de-roda
lundu-de-pares
macunlelê-de-fileira
mineiro-pau-de-pares
pagode de amarante de fileira
partido-alto-de-roda
samba-de-roda
tambor-de-crioula-de-roda.
O tipo de Angola
Veio da Angola e foi trazido pelos escravos negros como passatempo. Seu modo de dança é muito detalhista onde os movimento são efeitos lentamente com um ritmo bem devagar.
Regional
Este foi adaptado pelo brasileiros sendo assim o mais praticando hoje em dia. Seu modo de dança é mais agressivo, sendo comparado muito mais com uma arte marcial do que uma dança.
Capoeira
Tudo começou com uma dança da zebra.
A palavra capoeira não é Africana, como se costuma pensar. Ele vem do tupi, kapueira, e possui dois significados - mato rolo ou roçado ou um cesto ou gaiola para carregar animais e mantimento.
Os historiadores falam sobre o berço da capoeira, que pode ser rural ou urbano.
Uns enxergam seu nascimento no campo, entre grandes plantações de cana e engenhos de açúcar onde as clareiras abertas no mato serviriam de canal para fuga dos escravos e espaços para o lazer.

Dança do Congo - É uma dança teatralizada que tem lugar na gravana, ao ar livre, realizada durante as festas religiosas e populares. Cada grupo de Dança do Congo é constituído por uma seção musical (três ou quatro tambores, flautas e canzás) e um número variável de figurantes, todos eles hábeis dançarinos: o capitão congo, o logozu, o anju môlê (anjo que morreu), o anju cantá (anjo cantador), o opé pó (figura que executa diversas acrobacias), ulogi o feiticeiro, o zuguzugu (ajudante de feiticeiro), três ou quatro bobos, o djabu (diabo) e dez a dezoito soldados dançarinos.
ÚSSUA - Dança de salão, de grande elegância (uma espécie de mazurka africana), em que os pares são conduzidos por um mestre de cerimônias, ao ritmo lento do tambor, do pito doxi (flauta) e da corneta. Todos os dançarinos usam trajes tradicionais: as mulheres saia e quimono, xale ou pano de manta; os homens trazem chapéus de palhinha e usam no braço uma toalha bordada (que serve para limpar o suor do rosto).
DEXA - Típica da ilha do Príncipe de raízes angolanas. Ao ritmo de um tambor e de uma corneta, diversos pares executam danças de roda. As letras são quase sempre humorísticas, e implicam uma réplica da parte do visado. A dexa é dançada durante horas inteiras, apenas com ligeiras modificações.
PUITA E D'JAMBI - Provavelmente com raízes angolanas, a puita é uma dança fortemente erótica, em que o tambor avança de forma frenética, obsessiva, sensual, pela noite dentro. Homens e mulheres formam filas indianas e, à mistura com alguns semi rodopios, fazem entrechocar os corpos de forma sexualmente explícita. Quando um parente deixa este mundo é de praxe executar-se uma puita em sua homenagem. A falta de cumprimento a este ritual pode ocasionar desventuras na família. Mas a puíta é tocada em muitas outras ocasiões, sendo uma das formas de música mais populares em São Tomé.
BLIGÁ (ou jogo do cacete) - É um misto de dança e jogo lúdico, em que a destreza e o vigor fisico se aliam a uma sofisticada corporalidade e gestualidade que fazem por vezes lembrar certas artes marciais orientais. O bligá (que significa brigar) foi certamente, tal como a capoeira no Brasil, um modo de os escravos exercitarem uma arte de autodefesa sem que as autoridades disso se apercebessem.
SOCOPÉ - Os grupos de socopé são sociedades musicais com estandarte e fardamento próprio, organizadas segundo uma rigorosa estrutura hierárquica, que vai do Presidente aos sócios (os "membros" e as "membras"). As músicas têm um ritmo bastante lento, quase em tom de lamento, e os textos servem na maior parte das vezes para expor os principais problemas da comunidade ou para fazer crítica social ou de costumes.
CABETULA - Estilo de dança executado na região de Luanda em ocasiões festivas mas propriamente no período carnavalesco, por essa razão por vezes é conhecida como a dança do Grupo Carnavalesco União mundo da Ilha.
STLEVA E TLUNDU - O stleva e o tlundu são as únicas representações teatrais musicadas que não acontecem durante a gravana.
SUNGURA - Dança usual entre os povos da região sul de Angola (região do Huambo e Bié), também executada em cerimónias e rituais tradicionais, normalmente dançado em grupo.
DANÇAS DE SALÃO - As danças de salão, mais conhecida por Kizomba, é uma dança executada preferencialmente em festas e cerimoniais, alias, Kizomba significa festa. Começou a ser executado nos Centros Recreativos e Culturais dos subúrbios luandenses e praticado nos primórdios por dançarinos profissionais no tempo colonial (tendo se generalizado nos dias de hoje), provavelmente entre as décadas de 60 e 70.

Oficinas de percussão e de construção de instrumentos

Fonte Jornal Gazeta
População tem acesso a oficinas de percussão e de construção de instrumentos
Crianças, adolescentes, adultos e idosos, pessoas dos seis aos 70 anos participam das oficinas gratuitas de percussão iniciadas em julho com data prevista para término no dia oito de agosto, para a realização de uma apresentação oficial no dia 10, com a pretensão de reunir mais de 100 tambores. As oficinas são uma iniciativa do grupo “Prego de Linha”, em parceria com o “Neafro Tambores dos Montes”. O objetivo dos grupos é ir às escolas realizar oficinas como atividades extracurriculares. De acordo com Hilário Bispo, coordenador das oficinas, os alunos participam de oficinas de percussão e construção de instrumentos percussivos. “O objetivo desse projeto é resgatar os valores regionais, em especial os ritmos do nosso folclore Norte-mineiro. Essas oficinas promovem a sensibilidade musical nos alunos”, afirma.No momento, os trabalhos estão sendo viabilizados nos bairros Morada do Parque, Santos Reis e no Centro de Cultura Arte Ofício. Segundo Hilário Bispo, o Grupo Prego de Linha tem por objetivo resgatar a música regional fazendo uma leitura da música experimental. As atividades foram iniciadas em agosto de 2000 e desde então mantêm uma série regular de concertos mensais em sua sede provisória no Núcleo de Dança Luciano de Jesus, localizado na avenida Santos Dumont, 218, Centro. Objetivos O Grupo já realizou uma série de eventos em parceria com outras instituições e espaços, além de atividades voltadas à formação, reflexão e desenvolvimento de conhecimentos relacionados à música. Entre os objetivos principais do grupo estão: a promoção e inserção de crianças e adolescentes de Montes Claros na iniciação musical de percussão. Há ainda o objetivo de trabalhar as possibilidades de reaproveitamento de materiais recicláveis, como lata, tubos de PVC, ferro velho e sucata em geral; ensinar a prática rítmica passando pela história dos ritmos regionais de congado chegando até o samba; e promover uma socialização através da música.“Todos nós somos gerados ao som de um tambor. Durante nove meses ouvimos uma fantástica peça rítmica: o coração da mãe. Diante dessa realidade é necessário se propor à busca do acompanhamento técnico despertando crianças e adolescentes no mundo dos ritmos da caixa de folia, pandeiros, caxixis, berimbal e outros instrumentos percussivos”, explica Hilário.O coordenador das oficinas explica que a iniciação percussiva é trabalhada em etapas que vão da teoria musical à construção de instrumentos musicais, em que os alunos terão contato com elementos com sucata, sementes e tubos de PVC, passando por experimentação prática com os instrumentos de percussão e ritmo no final da oficina, com abordagem histórica e teórica. (PAULA MACHADO)