sábado, 31 de maio de 2008

RELATÓRIO/ FECAN /2008


A sociedade brasileira emerge de um período de três séculos de escravidão. O Brasil foi o último país das Américas a abolir o trabalho escravo e só o fez quando o número de escravizados já não muito significativo.Possuímos uma forte herança colonial, herdando do regime escravocrata características e práticas autoritárias. A sociedade foi formada sob bases que se caracterizam pela ausência de valores igualitários.Vivemos mais de cinco séculos, convivendo com a iniqüidade e a injustiça. A 3ª edição do festival de cultura e arte negra FECAN em Montes Claros foi mais um momento de fortalecimento da cultura negra, tão marcante em nossa sociedade.
OBJETIVO
O FECAN,apresentou várias nuances da cultura negra como forma de resgate dos ideais de libertação dos afro-brasileros, fizemos uma reflexão sobre as condições dos negros e negras, devido a sua herança histórico-cultural e liberdade tão violada e que deixou seqüelas marcantes que permanecem até hoje.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Mantivemos viva a memória e a cultura dos negros e negras brasileiros, e seu ideal de liberdade,e que sempre lutarão por uma sociedade mais justa.Divulgamos o 13 de Maio nas escolas, universidades e facudades, bem, como o dia nacional da luta contra o racismo no Brasil.Resgatamos e divulgamos a cultura negra; e algumas de suas formas de arte e criatividade;Damos visibilidades as organizações do Movimento Social Negro do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha.
A META PRINCIPAL
Conscientizamos a sociedade da importância dos elementos da cultura dos afro-descendentes na formação cultural, política, econômica e social da sociedade brasileira.
JUSTIFICATIVA.
O tema da 3ª edição do FECAN, foram os quilombos.Os Quilombos foram as experiências mais rica de organização dos negros e negras das américas.. Nos Quilombos, as terras e o fruto do trabalho eram de todos. O excedente da produção era vendido ou trocado por bens necessários a toda a coletividade.Mas foi no Quilombo dos Palmares, na serra da Barriga, no atual estado de alagoas, que os homens e mulheres negras escreveram as mais belas paginas de luta de libertação na América. Palmares desenvolveu lutas de grande envergadura derrotando as tropas portuguesas e holandesas, manchando com sangue a sua historia.O colonialismo português organizou um exercito com mais de 9 mil homens sob o comando do Bandeirante domingos Jorge Velho para destruir Palmares.Com Palmares destruído, Zumbi foi assassinado no dia 20 de Novembro de 1695. Zumbi tornou-se um símbolo vivo para gerações futuras como exemplo de luta e amor a liberdade. Por essa razão justificarão a 3ª edição do FECAN,com o lema “ O despertar da Consciência” “ Do Cafundó ao Palmares”.O FECAN, aconteceu em Montes Claros nos dias 10 à 18 de Maio de 2008, onde fizemos uma reflexão dos 120 anos de libertação dos escravos brasileiros. Realizaamos dentro do FECAN, O 1ºEncontro de Negras e Negros do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, 13 de Maio de 2008, onde discutimos um Projeto Político do Povo Negro Para o Pais. Dentro do FECAN, tivemos oficinas: Dança Afro, Break, Percussão, Graffiti, Artes Plásticas, Penteados e Tranças AfroTrabalhamos a lei 11.645,que obriga o estudo da cultura africana nas disciplinas de : Historia, literatura e artes no ensino fundamental e médio da rede Municipal, Estadual e Particular. O publico alvo, crianças, adolescentes, jovens, professores, estudantes, pesquisadores, em todas as atividades tivemos uma atenção especial as crianças.Atingimos mais de 30 cidades que estiverão representadas pelos seus Secretários, em especial os de: Ação Social, Educação e Cultura.As fotos das atividades do FECAN estão no ORKUT fecan_culturaeartenegra@yahoo.com.br acesse é divulgue.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O Governo Federal, em parceria com Estados e Municípios



O Governo Federal, em parceria com Estados e Municípios, está
desenvolvendo o Programa Agenda Social Quilombola com o objetivo de
promover a igualdade racial e superar as desigualdades raciais e sociais
em nosso país. O programa visa levar serviços básicos à população
residentes em quilombos nas diversas regiões do Brasil.

Atender as necessidades da população quilombola é viabilizar o acesso a
terra, saúde, educação, recuperação ambiental e assistência social, entre
outros, a homens e mulheres guardiões da memória e cultura da população
negra em nosso país.

Neste sentido, a Assembléia Legislativa de Minas Gerais convida V.sa. a
participar da cerimônia de lançamento do Programa Agenda Social Quilombola
no dia 21 de maio de 2008, às 9:00, na Assembléia Legislativa de Minas
Gerais. À Rua Rodrigues Caldas, Nº30, Bairro Santo Agostinho, Belo
Horizonte, MG



Agenda Social Quilombola será lançada este mês em oito estados

Em novembro do ano passado a SEPPIR, a partir de uma ação articulada do
Governo Federal, apresentou um plano de consolidação e ampliação do
Programa Brasil Quilombola. A síntese desse plano é a Agenda Social
Quilombola, que tem a previsão de mais de R$ 2 bilhões de reais até 2011.
Inicialmente terão prioridade os estados da Bahia, Maranhão, Minas Gerais,
Pará, Pernambuco, Piauí, São Paulo e Rio Grande do Sul por concentrarem o
maior número de comunidades no país. O lançamento da agenda nestes estados
acontece ainda este mês.
O primeiro lançamento ocorreu em Minas Gerais no dia 21 de maio,
quarta-feira, às 9h, no Teatro da Assembléia Legislativa (Rua Rodrigues
Caldas, 30 - Santo Agostinho - Belo Horizonte - MG).
A SEPPIR - em articulação com a Casa Civil, Ministério da Educação,
Fundação Nacional de Saúde, Ministério do Desenvolvimento Agrário e
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome FUNASA, MDA, MDS -
já iniciou o processo de execução orçamentário atreves de celebração de
convênios com municípios dos estados prioritários. "Até o dia 10 de junho
faremos reuniões regionais, aproveitando a articulação e estruturação do
Programa Territórios da Cidadania para reunir gestores municipais e
comunidades quilombolas com o objetivo de instituir os comitês estaduais
do PBQ, sensibilizar e instruir gestores sobre o acesso aos recursos
previstos na agenda, bem como a construção dos projetos e a garantia do
controle social", afirma o subsecretário de Políticas para Comunidades
Tradicionais (Subcom/ SEPPIR), Alexandro Reis.
Além dessa articulação, a SEPPIR já firmou parceria com o Ministério da
Integração Nacional a fim de realizar obras de recuperação e proteção
ambiental que beneficiarão mais de 50 comunidades que vivem nas margens do
Rio São Francisco. Essa parceria envolve mais de dez milhões de reais até
2010. "Vamos iniciar este o projeto de alfabetização quilombola que
atenderá mais de 3000 pessoas a partir de ações articuladas que envolve o
MEC, Petrobras e a Eletronorte. Também começaremos a construção dos
Centros de Referências das Comunidades Quilombolas, iniciativa que
envolverá mais de oito milhões de reais e beneficiará mais de 150 famílias
que terão um espaço definitivo de lazer e de desenvolvimento das
manifestações culturais da comunidade", argumenta Alexandro Reis.
O que é a Agenda - O esforço para combater o racismo e a discriminação
racial mobiliza vários setores governamentais e da sociedade civil. Com a
convicção de que esta política inovadora precisa ser ampliada, o Governo
Federal - sob a coordenação da SEPPIR e da Casa Civil - criou a Agenda
Social Quilombola para melhorar as condições de vida e garantir o acesso
aos direitos da cidadania a homens, mulheres, crianças e adultos
quilombolas.
As chamadas comunidades remanescentes de quilombos existem em praticamente
todos os estados brasileiros. A Fundação Cultural Palmares, do Ministério
da Cultura, reconhece a existência de mais de 700 dessas comunidades. De
acordo com outras fontes, no entanto, o número total de comunidades
remanescentes de quilombos pode ultrapassar três mil.
A garantia do acesso à terra, relacionada à identidade étnica como
condição essencial para a preservação dessas comunidades, tornou-se uma
forma de compensar a injustiça histórica cometida contra a população negra
no Brasil, aliando dignidade social à preservação do patrimônio cultural
brasileiro - tanto seus bens materiais quanto imateriais. Portanto,
alterar as condições de vida nas comunidades remanescentes de quilombos
por meio da regularização da posse da terra, estimular o desenvolvimento e
apoiar suas associações representativas são objetivos estratégicos que
visam ao desenvolvimento sustentável, com garantia de que os seus direitos
sejam elaborados e também implementados.
As metas e os recursos dessa iniciativa envolvem 14 órgãos federais e
estão baseadas num conjunto de projetos e ações voltados a 1.739
comunidades quilombolas - localizadas em 22 estados, 330 municípios e 128
territórios rurais.

terça-feira, 20 de maio de 2008

I Seminário de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

I Seminário de Políticas de Promoção da Igualdade Racial



2008,120 anos da Abolição da Escravidão no Brasil. De 13 de maio de 1888 a 9 de outubro de 2002, data da aprovação da lei de cotas na UERJ, transcorreram mais de 114 anos sem que existisse, neste país, uma única política pública em benefício da população negra. Nesta Casa tramitam diversas propostas de políticas públicas de superação das desigualdades raciais que são contribuições efetivas para alterar um quadro já bastante diagnosticado pelo IBGE, Ipea e centros universitários de pesquisa.São indicadores sociais e econômicos que revelam o acesso desigual dos afro-descendentes ao mercado de trabalho, às oportunidades educacionais, à habitação, à saúde, ao Poder Judiciário e à terra. Os 120 anos da Lei Áurea são uma motivação para que possamos nos debruçar sobre a realidade de uma população cujo esforço físico e os atributos intelectuais foram decisivos para o desenvolvimento da nação.O I Seminário de Políticas de Promoção da Igualdade Racial se realizará no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, nos dias 7 e 8 de maio. O evento será realizado pelas Comissões de Legislação Participativa, Direitos Humanos e Minorias, com o apoio da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, do Conselho de Defesa do Negro do DF, do Centro de Convivência Negra da Universidade de Brasília e da Associação Nacional dos Advogados afro-descendentes e congregará parlamentares de diferentes partidos, pesquisadores e profissionais da Carreira Jurídica, acadêmicos e representantes de organizações do movimento social negro para uma ampla reflexão e avaliação de políticas públicas que conduzam efetivamente à sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos que consta do preâmbulo de nossa Constituição.

NÃO PODEMOS MOS CALAR DIANTE DESTA VIOLÊNCIA DO APARELHO REPRESSOR DO ESTADO BURGUÊS.

NÃO PODEMOS MOS CALAR DIANTE DESTA VIOLÊNCIA DO APARELHO REPRESSOR DO ESTADO BURGUÊS.
Carta aberta à sociedade brasileira e internacional.Em repúdio à violência policial:“Reaja ou será morto! Reaja ou será morta!”Pela liberdade de manifestação da juventude negra.Nos dias 05 e 06 de maio aconteceu em São Bernardo do Campo o Encontro Regional de Juventude Negra do ABC, preparatório para o Encontro Estadual e o Encontro Nacional de Juventude Negra (ENJUNE).O evento foi aberto com o Ato Público em Repúdio ao Genocídio da Juventude Negra, como parte da campanha “Reaja ou será morto! Reaja ou será morta!”, que já é impulsionada há dois anos na Bahia. Nossas principais bandeiras no ato foram: contra a redução da maioridade penal, contra a violência policial que tem a juventude negra como principal alvo e por emprego para a população negra.Para a realização do ato, informamos a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), mas tivemos que alterar nosso trajeto já que a Igreja da Matriz não aceitou nossa solicitação, feita com antecedência, para que o encerramento do ato acontecesse na Praça da Matriz – local utilizado historicamente para as manifestações públicas da região do ABC.Quando chegamos a uma rua menos movimentada, o carro de som (que foi cedido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) foi parado pela polícia militar, que arrancou alguns dos nossos cartazes e exigiu que o ato fosse encerrado naquele momento. Quando os manifestantes já estavam na calçada, a polícia levou quatro manifestantes ao 1º Distrito Policial de São Bernardo sem dizer por qual motivo. Quando Mara do Hip Hop, uma das manifestantes, perguntou ao policial por qual motivo tinha que ir para a delegacia, o policial disse que se ela não fosse, ele a arrastaria pelos cabelos. Na delegacia foi registrado Boletim de Ocorrência contra Gilson Negão e Mara do Hip Hop, por “desacato”.Durante as várias horas que ficamos em frente à delegacia aguardando a liberação dos quatro manifestantes (Eduardo, militante do coletivo Rosas Negra de Mauá; Gilson Negão, assessor do deputado federal Vicentinho; Luciana do coletivo de resgate afro-indígena Quilomboca de Ribeirão Pires; e Mara do Hip Hop, da Corrente Operária do PSOL e da Casa de Cultura e Política do ABC), recebemos a solidariedade ativa de parlamentares, organizações, militantes e estudantes. Estiveram no local: o deputado federal Vicentinho, Paulo Dias do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, MNU - Movimento Negro Unificado, Melão da Comissão de Fábrica da Volkswagen, Anderson Mangolin do PSOL, Espaço Socialista, Liga Estratégia Revolucionária, Projeto Meninos e Meninas de Rua, Coletivo Rosas Negra, Posse Kilombagem, Coletivo Quilomboca, Posse Hausa, Corrente Operária do PSOL, Casa de Cultura e Política do ABC, Movimento Tendência Sindical Classista e Socialista, CEUPES-USP (centro acadêmico de ciências sociais), estudantes que estão ocupando a reitoria da USP (contra os ataques do governo Serra à educação), DCE-USP, CMP-SP, Núcleo Cultural Força Ativa , Centro Acadêmico de Ciências Sociais da PUC, Juventude e Revolução e um militante do PSTU. Recebemos ainda a solidariedade dos deputados estaduais José Cândido (PT), Raul Marcelo (PSOL) e da vereadora Elzinha (PT) de Ribeirão Pires.No estado de São Paulo está explícita a linha dura do governo de José Serra com uma repressão policial brutal. Somente nesse fim de semana, além do que aconteceu no ABC, vimos a repressão policial na Favela da Bela Vista, na zona norte de São Paulo, e na Praça da Sé, durante o show do Racionais (momento da Virada Cultural em que havia maior concentração de jovens negros) com bombas e cassetetes. Seguimos denunciando a violência policial que tem a juventude negra como o principal alvo.Nenhuma punição aos manifestantes do ato do dia 05!Basta de violência policial contra a juventude negra!Contra a criminalização do movimento negro!REAJA OU SERÁ MORTO! REAJA OU SERÁ MORTA!Assinam:Fórum de Juventude Negra do ABC, Comissão de Combate ao Racismo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Coletivo Rosas Negra, Posse Hausa, Coletivo de Resgate Afro-Indígena Quilomboca, Posse Kilombagem, Corrente Operária do PSOL, Casa de Cultura e Política do ABC, Organização Manos de Paz, Liga Estratégia Revolucionária, Movimento negro Unificado - MNU.____________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ ________ENJUNE ABC- UMA PRÉVIA DO QUE ESTÁ POR VIR...Nosso Pré ENJUNE aqui no ABC tomou proporções que para muitos servirá de reafirmação que o estado brasileiro, através de seus mecanismo de repressão, não aceitaram da nossa parte, do povo negro, da juventude negra, uma reação a violência racial, o medo se espalha no sentido de que mais pessoas se despertem dessa anestesia racista que faz com que muitos ainda não enxerguem que esse genocídio que vem acontecendo nas periferias tem objetivos específicos e tem ligação direta com a nossa característica étnico / racial. Essa é a segunda vez que invadimos as ruas de São Bernardo do Campo pára Denunciar o Racismo! Em 97 Fomos 300 jovens na mesma avenida, pautar as demandas da juventude Negra. 10 anos depois, Um numero menor de pessoas mais com uma demanda racista muito mais genocida para denunciar e combater, viabilizamos uma sena que se repete no resto do país. Onde quer que se junte negros e negras, seja em suas manifestações culturais, seja em manifestação legitimas, estaremos sujeitos ao enfrentamento ao estado que manda seus cães de guarda para espancar, inibir e demonstrar seu ódio racial e sua indignação a qualquer levante que o povo negro fizer. O pior desse processo todo onde vivenciamos nesse ultimo sábado 5/5/2007 e ver a argumentação da parte da policia que se sentiu “OFENDIDA” por ter sido chamada de racista. Talvez a corporação precisa acompanhar mais suas próprias ações e rever o que as estatísticas nacionais e regionais apontam. Quem tem o direito de estar ofendido e reagir a violência racial SOMOS NÓS que chegamos a ser 70% de seu explicito genocídio. Não bastando, esse estado nos nega o básico para o desenvolvimento de nosso povo como trabalho, saúde, moradia, etc. Vende uma falsa idéia de “planejamento familiar” mais que no fim das contas prevê uma esterilização das mulheres negras em longa escala e em plena idade fértil, diminui a maioridade penal hoje para 16, e amanhã só Deus sabe mais em breve já nasceremos enjaulados se é que nos darão o direito de nascer, Facilitam na cara larga a chegada das drogas e armas nas favelas colocando mais lenha nesse caldeirão desigual objetivando com isso desenvolver justificativas para suas ações genocidas. Apesar de tudo isso, ainda não nos dão o direito de nos manifestar e ficam “indignados” com as acusações!!! Me poupe... ESSE ESTADO SÓ SERVE PARA PROTEGER NÃO NEGROS! Se são brancos nas ruas para protestar o que for, eles fazem escolta... Pra preto/preta a política é BORACHADA e cadeia. Mais para a infelicidade dos grupos racistas desse país estaremos cada vez mais nas ruas denunciando o racismo e suas manifestações discriminatórias e preconceituosas! Lamento Informar que isso não fará com que nós deixemos de REAGIR A VIOLENCIA RACIAL POR TODOS OS MEIOS NECESSÁRIOS! Salve salve Gilson Negão, Mara, Eduardo rosa, Marquinhos, Neia, Ketu, Vicente, Deivison, Weber, O Fórum de Juventude Negra do ABC que se constituiu no Pré Enjune ABC e as organizações pretas que estão constantemente na luta! Tamo junto e misturado!Nossa cara é ir pras ruas! Utilizando da oralidade que a ancestralidade africana nos ensina para polarizar a denuncia ao racismo aonde quer que nosso povo estiver.É desse jeito!Honerê Al-amin OadqPosse Hausa - minha familia, minha base!MNU De onde sou centralizado politicamente!ENJUNE Uma reposta coletiva a violência racial!Segue texto de Hamilton WalêReaja ou Será Mort@Uma Campanha para Além da ConjunturaNada Mudou, vamos lutar!“Criaram no Brasil o Delito de Ser Negro”.Abdias do NascimentoOntem em São Bernardo do Campo, São Paulo os jovens, Negros e Negras que articulam e organizam o Iº Encontro Nacional da Juventude Negra foram alvo da brutalidade policial, do racismo do Estado Brasileiro, do neo-colonialismo tacanho das elites intelectuais que ficam acomodadas em sua manutenção de privilégios nos centros acadêmicos e nos editorias de jornais enquanto os órgãos de repressão nos atacam numa franca guerra aberta contra os pretos e pretas.Os pretos e pretas de São Bernardo do Campo e toda região do ABCD em São Paulo ousaram reagir fora do roteiro estabelecido pelos brancos. Sem a boa educação exigida aos pretos acomodados que lotam as salas ventiladas onde preparam nosso abate e onde esses traidores falam manso e baixinho.Os Pretos e Pretas do ABCD em São Bernardo do Campo saíram às ruas enfurecidos para lutar contra a violência , a brutalidade e o genocídio que nos acomete e foram acusados pelos policiais de fazerem “apologia contra a policia”.Vejam bem: eles falavam para a sociedade , na frente de uma polícia que mata, que a polícia mata e foram presos e presas.... se nós não reagirmos nacionalmente eles e elas podem ser mortos.Há 2 anos, nós do Movimento Negro Unificado de Salvador, chamamos uma reunião com mais de 18 representações do Movimento Negro e comunitário locais e fomos atendidos em nossa proposta de lançarmos uma Campanha contra o Racismo, contra o Sexismo, contra a homofobia e pela vida. E gritamos nas ruas como os Jovens de São Bernardo Reaja ou Será Morto, Reaja ou Será Morta.Como os jovens de São Bernardo fomos perseguidos pelos órgãos repressivos, fomos acusados de desacato e por pensarmos com autonomia e exigir nosso protagonismo negro nessa campanha, excluindo de sua coordenação os partidos políticos com sua bandeiras e sua tática de nos desqualificar e dividir, de nos menosprezar e dirigir e no final nos oferecer tudo pela metade.Fomos acusados de não ampliar o movimento, de não termos diplomacia, de não captarmos o volume necessário de recursos, de não nos tornarmos ONG, fomos acusados de má educação, de radicalismo e de só denunciar e de não apresentarmos propostas.Somos Movimento Negro Unificado e para nós tudo isso soa como elogio, pois o que queremos é uma outra sociedade, uma outra política e uma a outra alternativa de luta como nos mostraram os jovens negros e negras de São Bernardo, os mesmos que nos exigem uma postura cada vez mais dura contra o racismo sem concessão alguma. Se nada Mudou vamos lutar!!O Estado brasileiro mantém em vigência uma política de segurança pública que conserva a mesma tradição republicana racista de criminalização do Povo Negro. Nossa epiderme continua sendo "a prova do crime". A celeridade utilizada pelos setores racistas no Congresso Nacional para aprovarem a redução da maioridade penal na CCJ do senado demonstra a disposição destes setores em ratificarem seus propósitos mais radicais,na defesa da elite branca brasileira,aproveit ando-se de um clima de comoção nacional ,em função da utilização sensacionalista de alguns fatos que na prática revelam flashes de uma realidade que é cotidiana para nossa gente.E os Jovens de São Bernardo sabem disso!!!Nada mudou na conjuntura político racial nesses mais de 35 anos de luta direta do Movimento Negro e dois anos de enfretamento e denúncia dessa Campanha Pela Vida, contra o Racismo, o Sexismo e a Homofobia.Na Bahia mudou a política de governo, mas a brutalidade, o extermínio e a arrogância racista do Estado tem uma continuidade univitelina, faces da mesma moeda que o racismo faz circular no revezamento do poder dos brancos. Mesmo sendo maioria no estado não ocupamos nem um terço dos postos de comando. Esse poder que nos mata há cinco séculos tem a mesma origem no colonialismo que pretende aprisionar nossos espíritos e nos tirar de combate. Exigem de nós uma paciência que não temos, querem nos impor um silêncio enquanto nos matam como se fossemos baratas.Começamos o ano de 2007 nas ruas, tomando a iniciativa de lutar pela preservação de nossas vidas, mais de 250 pessoas mortas pela polícia ou com a tolerância da policia, a maioria negra. São dados de uma guerra que denunciamos em 2005 quando morreram 631 pessoas de janeiro a setembro daquele ano.Nada mudou, vamos lutar!!!Para que os números não se repitam, ou multipliquem- se, como é o que parece obvio, enquanto o comando da policia militar diz que um policial pisar a cabeça de um jovem negro era uma exceção, o Governador dizer que “não via ali Racismo algum”. Não foi exceção para o Jovem Aspirante da Marinha, Edivandro Pereira, morto por uma guarnição da Polícia Militar que deveria protegê-lo. Não foi a exceção para Clodoaldo Souza, 22 anos, morto com nove tiros frente à incapacidade do Estado em nos proteger. É bom lembrar que esse jovem era militante do Movimento Hip Hop e suas músicas tratavam diretamente da brutalidade policial.A invasão de uma comunidade negra, por forças policias que chegaram para extorquir, roubar, invadir, torturar. Quadrilhas oficiais em busca do dinheiro que caiu do céu de Maracangalha tendo como método o terrorismo cotidiano de Estado.A situação atual de C.A. única testemunha da Matança de Nova Brasília que ceifou a vida de Clodoaldo Souza, ante um compromisso não cumprido do Governo, que amarga uma peregrinação trágica pelos hospitais racistas da Bahia como grande parte de jovens negros vítimas de traumas por armas de fogo.Nada mudou, vamos lutar!!!O cenário nacional é desesperador. Nunca se viu tanta disposição das forças conservadoras e racistas para aprovar pacotes de medidas para nos empurrar cada vez mais para fora da sociedade lotando as prisões numa lógica (in)disfarçada de criminalização da população negra, com a colaboração direta da grande imprensa que tem pautado o medo e o terror como artifício para nossa destruição.A redução racista da Maioridade Penal deverá ser combatida sob o risco de se aprovarem leis que fariam de Hitler um humanista face ao controle e o desrespeito às vidas humanas.Na redução racista da maioridade penal para 16 anos está flagrante o projeto das elites brancas de nos eliminar, de enfraquecer nossas comunidades. Da Mesma forma a criminalização da população negra faz lotar os presídios com leis cada vez mais brutais que violam a dignidade e o direito humano. A violência até hoje vivida por nós negros é um caso explícito de saúde pública. Estamos sendo mortos por causas evitáveis e por omissão. Não há dúvidas, uma vez que os dados mostram que homens negros em idade produtiva tem morrido mais por causas externas e, portanto, evitáveis. Entre elas vítimas de Projétil de Arma de Fogo (PAF), morrendo mais que homens e mulheres brancos. No ano de 2004, na cidade de Salvador, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade, sistema que agrega as informações sobre mortalidade do país, 1.501 pessoas negras tiveram óbito por causas externas na cidade de Salvador, enquanto que 92 pessoas brancas tiveram a mesma causa mortis. Os dados de mortalidade materna no Brasil revelam que mulheres negras morrem mais por doenças relacionadas a gestação e ao parto que mulheres brancas, ou seja, também por causas evitáveis. Isto também revela a face da falta de acesso da população negra aos serviços de saúde. Nem de posse destes dados o Estado toma medidas no sentido de reverter este crescente quadro. Ao invés disto o Estado busca medidas que vão contra os preceitos de saúde estabelecidos na Carta de Ottawa (1986) do qual o Brasil é signatário, que considera que na saúde reside o maior recurso para o desenvolvimento social e dentre estes destaca a paz, ou seja, a redução da violência, e a justiça social como recursos fundamentais para o desenvolvimento social. As várias formas de violência que temos sofrido, como exclusão, falta de acesso aos serviços, falta de políticas públicas equânimes e o racismo institucional reforçam sim uma política pública de extermínio da população negra. E foi contra isso que os jovens de São Bernardo se levantaram ai reside seu desacato.A redução racista da maioridade penal é mais um golpe contra a população negra: em se tratando de saúde seria o mesmo que matar a população adulta para que futuramente não haja necessidade investimento no tratamento de doenças, uma vez que o Estado não é capaz de investir na educação e prevenção de agravos evitáveis à saúde.Por isso estamos nas ruas. Para Reagir, para lutar para dar as mãos a quem de fato quer uma outra sociedade. Uma sociedade justa e com igualdade.Honerê Oadq, Mara do Hip Hop, Catiara, Jaqueline, Eduardo Rosa nós estamos na mesma trincheira. Dia 17 voltaremos às ruas, cheios de fé, cheios de esperança na luta como a que tem inspirado os jovens e as jovens do ABCD em São Bernardo do Campo.Hamilton Borges Walê. Reaja ou será Morto, Reaja ou Será Morta. Movimento Negro Unificado.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

AFRO-POETHÓRIAS NO MÊS DA ABOLIÇÃO

AFRO-POETHÓRIAS NO MÊS DA ABOLIÇÃO
O ancestral e o contemporâneo, a poesia e a história dialogam no novo espetáculo
de dança afro-brasileira e samba da Companhia Primitiva de Arte Negra.


Nos dias 19 e 20 de maio no Teatro Marília, a Companhia Primitiva de Arte Negra nas comemorações do mês da abolição apresenta seu novo espetáculo poético-histórico, intitulado "Afro-Poethória". O trabalho lança um olhar sobre ritmos populares do povo brasileiro e suas representações histórico-poético-culturais através diversos dançarinos, músicos e cantores. A direção é do coreógrafo João Bosco.

O roteiro do espetáculo tem duração de uma hora, é composto por três atos e 12 coreografias, embaladas por trilha sonora original, de autoria de Lena Santos, também bailarina da Companhia. As músicas em ritmo de afoxé, congado, ijexá e samba, abordam temas políticos como a questão racial, da terra, do feminino e da resistência negra.
O samba será representado por sua resistência belo-horizontina, o compositor da velha guarda, o Mestre Conga, que no alto de seus 80 anos de idade vem trazer, através da interpretação das músicas "Vozes da África" e "Lágrimas Sentidas", uma reflexão sobre a origem africana e a dura realidade dos moradores dos aglomerados urbanos.
As canções são interpretadas por movimentos ancestrais, espontâneos e técnicas de improviso, gerando coreografias de alto teor expressivo. O cenário de criação coletiva, é composto por deslumbrantes painéis de paisagens naturais e o figurino, primitivista, é de amarrações.


A COMPANHIA PRIMITIVA DE ARTE NEGRA
Uma das linhas de atuação da Associação Cultural Eu Sou Angoleiro, a Companhia Primitiva de Arte Negra, dirigida por Mestre João Angoleiro (também mestre do grupo Eu Sou Angoleiro de Capoeira Angola) há mais de 20 anos vêm contribuindo com a construção da dança afro-brasileira em Belo Horizonte, através de pesquisa, prática, e formação de atores-dançarinos étnicos. O saldo social é a interação dinâmica de comunidade-cultura-escola, onde mais de 15 educadores sociais e 100 alunos em diversas frentes de trabalho de Belo Horizonte, têm, através da dança afro, contato direto com a cultura popular e sua origem ancestral.

NGUNZO SEMPRE!

Ngunzo Sempre!Nos dias 23 a 25/05/08 em Lagoa Santa (MG) na Gruta da Lapinha. Associação Cultural Eu Sou Angoleiro e a Irmandade Atores da Pandega promovem o V Encontro. Aguardamos todos.23 a 25/05/08 Lapinha Museu Vivo no Mês daAbolição: V Encontro de Cultura de RaizLapinha Museu Vivo no Mês da Abolição: V Encontro de Cultura de Raiz, promovido pela Associação Cultural Eu Sou Angoleiro (Acesa). Neste ano o evento será realizado entre os dias 23 a 25 de maio, na Gruta da Lapinha, Igreja Nossa Senhora do Rosário e praça central da cidade de Lagoa Santa, em Minas Gerais.O Lapinha Museu Vivo é realizado, desde 2003, pela Acesa, por meio de seu núcleo Irmandade Atores da Pândega, e em parceria com a Prefeitura Municipal de Lagoa Santa. São três dias de práticas culturais gratuitas, com aulas de capoeira angola, teatro, percussão, dança afro e educação ambiental, para crianças e jovens de escolas públicas de Lagoa Santa, associações comunitárias ligadas a estes alunos e público em geral. Os últimos quatro anos de evento é a comprovação do sucesso de mobilização social, público, formação ambiental e repercussão cultural das manifestações de matrizes africana. Com mais de 300 agentes sociais envolvidos em sua produção/execuçã o, e um público médio de 1200 pessoas por edição, o Lapinha Museu Vivo propõe o contato das novas gerações com a ancestralidade de sua cultura e história. Trata-se, portanto, de um verdadeiro instrumento de acesso, vivência e valorização do patrimônio imaterial - das tradições culturais de raiz como a capoeira angola, os reinados, o congado, o candombe, a dança-afro; incluindo a valorização do patrimônio material arqueológico- ambiental da Gruta da Lapinha.O Lapinha Museu Vivo tem proporcionado ainda a troca de experiências geradas a partir da presença de grandes mestres de tradição oral. Ele tem trazido para Minas Gerias grandes nomes da Capoeira Angola, como os baianos e alunos diretos de Mestre Pastinha, Gildo Alfinete e Boca Rica (representantes da Associação Brasileira de Capoeira Angola) e João Pequeno (Academia João Pequeno de Pastinha, guardião da Capoeira Angola neste século), para trocar conhecimento com outros mestres de Minas, tanto da Capoeira Angola quanto de outras manifestações culturais do Estado, como dona Mercês, do Candombe do Açude, e dona Isabel, Rainha Conga de Minas Gerais, dos Reinados de Nossa Senhora do Rosário do bairro Concórdia e da Lapinha. O Lapinha Museu Vivo valoriza esses mestres pela grandiosa contribuição que eles têm dado à cultura do país, e garante que essas contribuições não se percam por falta de divulgação.

RECHEIO PARA BIJU DE GUINÉ

RECHEIO PARA BIJU

- FRANGO
- GOIABADA COM QUEIJO
- DOCE DE CÔCO
- CARNE SECA
- BRIGADEIRO E
- QUEIJO

domingo, 18 de maio de 2008

Culinária africana feita no III FECAN 2008

RECEITA , FRANGO A LIMÃO (CAFRIELA)INGREDIENTES:1 frango inteiro, 6 limões, 2 colheres de margarina,10 dentes de alho, cebola, folha de louro e pimenta.Tempere o frang, deixe-o escorrer por 2 horas e cozinhe sem água. Não deixe secar muiito e reserve o caldo. O frango poder ser assado no forno ou na grelha (brasa)Sirva com arroz branco e bom apetite

culinária de Guiné ( Africa )

PEIXE A GUINÉ

Curimatá (ou peixe de escama grande)
- Tire o couro do peixe e reserve com um pouco de sal.
- Para o recheio, cozinhe o peixe temperado com alho, cebola, pimenta. Após cozizdo
- Tire toda a espinha.
- Pegue a carne do peixe e misture com ovo e azeite de oliva e prepare uma massa

RECHEIO

Pegue o couro reservado com a massa da carne do peixe junte à massa da carne do peixe, costure e frite.

PEIXE AO MOLHO DE AMEDOIN

1 peixe p/ cozinhar (limpe-o e passe na água quente)
* temprere com cebola, alho, sal, pimenta do reino, folha de louro, limão, margarina, (óleo ou azeite)
* Deixe-o curtir no tempeiro por 30 minutos e cozinhe sem água
MOLHO
* PREPARE O MOLHO COM AMEDOIN TORRADO OU MOÍDO
3 copos de água, extrato de tomate, repolho, pimenta do reino, cumim, sal, alho. Deixe-o cozinhar até engrossar (mexendo sempre)
*Após o cozimento, misture-o com o caldo de amedoin e deixe ferver por 5 minutos.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Cacá ex Prefeita de Araçuai Abre O Enconto!


Cacá Abre O 1º Encontro de Negras e Negros
A palestra de Maria do Carmo Ferreira da Silva - Cacá Gerente de Projeto FIPIR-Fórum Intergovernamental de Políticas de Igualdade Racial Assessora para Assuntos Federativos/SASF Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR - Presidência da República ; http://www.planalto.gov.br/seppir/fipir/fipirapres.htmAbre O 1º Encontro de Negras e Negros do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, que acontecerá dentro da 3ª edição do FECAN ; Cacá irá falar das políticas do Governo Federal para as comunidades tradicionais de quilombos e de religiões de matriz africana, pois essas ações ainda não são de conhecimento dos governos municípais pois o município que aderir as políticas aumenta a sua arrecadação:na saude, educação e assistência social ;esse encontro será de muita importância para informar aos municipios dos recursos do Governo Federal a ser aplicados nas políticas de ações afirmativas. Com o tema: os quilombos do Brasil , de Palmares à Cafundô. Os Quilombos foram as experiências mais rica de organização dos negros e negras das américas. Nos Quilombos, as terras e o fruto do trabalho eram de todos. O excedente da produção era vendido ou trocado por bens necessários a toda a coletividade. Mas foi no Quilombo dos Palmares, na serra da Barriga, no atual estado de alagoas, que os homens e mulheres negras escreveram as mais belas paginas de luta de libertação na América. Palmares desenvolveu lutas de grande envergadura derrotando as tropas portuguesas e holandesas, manchando com sangue a sua historia. O colonialismo português organizou um exercito com mais de 9 mil homens sob o comando do Bandeirante domingos Jorge Velho para destruir Palmares. Com Palmares destruído, Zumbi foi assassinado no dia 20 de Novembro de 1695. Zumbi tornou-se um símbolo vivo para gerações futuras como exemplo de luta e amor a liberdade. Por essa razão justifica-se a 3ª edição do fecan fazendo um resgate dos quilombos do Brasil com o lema " O despertar da Consciência" " Do Cafundó ao Palmares". O FECAN, de10 a 18 de Maio de 2008, onde vamos refletir os 120 anos de libertação dos escravos brasileiros, o 13 de maio hoje é visto como o dia nacional de luta contra o racismo; o FECAN é uma ação organizada do MOVIMENTO SOCIAL NEGRO DO NORTE DE MINAS E VALE DO JEQUINTINHONHA, com o objetivo de construir um projeto politico é cultural para as negras e negros dessa região tão esquecida do estado, com apóio das seguintes instituições pois elas prestam serviços relevantes aos municipios Vamos realizar dentro das atividades do fecan ; O 1º Congresso dos Negros e Negras do Norte de Minas e vale do Jequitinhonha dia 13 de Maio de 2008,em Montes Claros MG ; com propósito de construirmos um Projeto Político do Povo Negro Para o Pais; além do debate politico vamos ter dentro do FECAN : Oficinas: Dança afro, Break, Percussão, Graffite , Artes plásticas e Penteado Concursos: Break e Beleza negra. Temos como proposta trabalhar a lei 10.639 pois ela obriga o estudo da cultura africana nas disciplinas de : Historia, literatura e artes no ensino fundamental e médio da rede Municipal, Estadual e Particular. Publico alvo, crianças, adolescentes, jovens, professores, estudantes, pesquisadores, em todas as atividades vamos dar uma atenção especial as crianças. Esperamos atingir em percentuais 70% da população do Norte do Estado, que conta com uma população de mis de 1200,000,00 de pessoas de acordo com dados do próprio governo.12 a 18EXPOSIÇÃO DOS TRABALHOS CONFECCIONADOS NAS OFICINASCENTRO CULTURAL DR. HERMES DE PAULODE 08.Hs às 22hsDIA10 Abertura às 9.30hs Praça Dr Carlos.10 hs Oficinas: Tranças Afro/ Penteado (Praça Dr Carlos), 9hs Artes Plásticas (SESC ) 9hs Percussão Casa do Tambor.Dia 11 de 9hs às 13hs-Oficinas: Tranças Afro/ Penteado ( Praça da Matriz)09 às 17hs-Artes Plásticas( SESC )09 às 12hs-Percussão( Casa do Tambor)Dia 12 Show que Abolição?Grupo Capoeirando/ Centro Cultural às 19hs. 13- Lançamento do Fórum Nacional da Juventude Negra às 8hs no SESC.Às 9hs, abertura do 1º Congresso de Negras e Negros do Norte de Minas e Vale do Jequintinhonha, com sete mesas temáticas: Comunidade quilombolas, As religiões de matriz africana, Diálogos: educação e diversidade cultural, Saúde da população negra, Políticas afirmativas, Juventude negra como ator social na Republica, Mulher Negra: construindo um projeto político para o Brasil13- Show TAMBOR DE CRIOULO,com BIOLLA e LUCIANO de JESUS, Centro Cultural, 20hs. 14-Oficinas, de Break e Dança Afro, Núcleo de Dança Luciano de Jesus, de 9hs às 12hs e das 14hs às 17hs. 15-Oficinas: de Break e Dança Afro,Núcleo de Dança Luciano de Jesus, de 9hs às 12hs e das 14hs às 17hs. 16-Oficinas, de Break e Dança Afro Núcleo de Dança Luciano de Jesus, de 9hs às 12hs e das 14hs às 17hs. 16-Concurso, Beleza Negra/ SESC 19hs. 17-Oficinas de,Graffíte(9hs às 12hs) e Culinária Africana( 8hs às 15hs )Caic Américo Souto. 18-Concurso de Break/ 14hs Caic Américo Souto, Show encerramento, Messias e convidados, 17hs. FECAN 2008 Têm como parceiros: AMAMS,AVAMS,PREFEITURA DE MONTES CLAROS,UNIMONTES,SESC-MG.REALIZAÇÃO: CERCAN, TAMBORES DOS MONTES, GRUCON, DCE-UNIMONTES, ASSOCIAÇÃO UMBANDISTA DO NORTE DE MINAS, UNEGRO, CAPOEIRANDO, CONEN, FCRCN, CULTURA HIP HO
Conheça o passo a passo do caminho para titulação das terras quilombolas:http://www.cpisp.org.br/terras/html/comosetitula_caminho.htmlConfira os textos:•Decreto 4.887/2003http://www.cpisp.org.br/htm/leis/fed14.htm•Parecer contrário ao projeto de Decreto Legislativo Nº 44 de 2007, de autoria de Walter Claudius Rothenburg, Procurador Regional da República.http://www.cpisp.org.br/acoes/pdf/_artigos/ ParecerContrarioDecreto44_WalterClaudiusRothenburg.pdf•Nota contra as mudanças na IN Incra 20/2005http://www.koinonia.org.br/oq/noticias_detalhes.asp?cod_noticia=3784&tit=Notícias•Dossiê Imprensa Antiquilombola - Koinonia PresençaEcumênica e Serviçohttp://www.koinonia.org.br/oq/dossies_detalhes.asp?cod_dossie=2.
QUILOMBOS
Quilombolas: direitos ameaçados
O governo federal não vem adotando uma posição de firme defesa dos direitos quilombolas frente às ameaças vindas da imprensa e dos setores conservadores.Ao contrário, decidiu alterar instrução normativa do Incra que detalha procedimentos para identificação e titulação das terras quilombolas.

ENTREVISTA
Tonho Matéria, inspiração na força de Besouro Mangangá
Nascido e criado no bairro de Pau Miúdo, em Salvador, Bahia, Tonho Matéria conquistou a fama graças a sua trajetória no cenário musical e na defesa da capoeira.
DESTAQUES
Estatuto da Igualdade Racial
Conheça os dois projetos de Estatuto da Iguadade Racial e o texto da lei que institui o Estatuto no Distrito Federal


Homenagem ao poeta Aimé Césaire (1913-2008) .
Por Maria de Lourdes Teodoro


Hamilton Borges escreve sobre o assassinato de Diego de Jesus Sampaio, 17 anos, em Salvador.
Jornal Ìrohìn é tema de mestrado da USP.


Leia artigo da Dep. Janete Rocha Pietá (PT-SP) sobre promoção da igualdade.

Andréia Beatriz Santos escreve sobre racismo na Medicina.

domingo, 4 de maio de 2008

120 ANOS DE ABOLIÇÃO?



30 ANOS DE MNU-MOVIMENTO NEGRO UNIFICADOPor: Reginaldo Bispo.No rol das muitas comemorações de datas históricas em 2008, destacam-se os 200 anos da chegada da família real portuguesa no Brasil em março; os 120 anos da abolição da escravatura, em maio; e um fato histórico contemporâneo: OS 30 ANOS DA CRIAÇÃO DO MNU, em julho próximo.Se chegada da família real marca a fundação do estado brasileiro e a introdução aqui dos elementos da cultura clássica européia: o luxo e a ostentação, também trouxe valores pouco recomendáveis, como os bacanais, a ociosidade, a preguiça, o desprezo pelo trabalho e o acirramento da exploração escravista.O processo da abolição não se deveu a boa vontade da família real, de D.João, dos Pedros I e II, nem tampouco da Dna. Izabel. Ao contrário, a família real foi a responsável por seu atraso, uma vez que, além de proprietários, financiavam o comércio escravista, fazendo do Brasil, o ultimo pais a abolir a escravidão.A lei sexagenária, liberou os proprietários de arcar com os custos de assistir o negro que conseguisse sobreviver aos maltratos e a fúria animalesca dos proprietários. Um negro que sobrevivesse a violência desse tratamento, após os 60 anos, era incapaz de sobreviver por seus próprios meios. Era libertado, pois, para morrer a mingua, liberando o patrão do ônus.A lei do ventre livre de 1871, outra farsa, colocava sob a tutela do estado a criança nascida livre, ou permanecia sob o mando do escravista, proprietário da mãe, que o explorava até os 18 anos.A Abolição, de 13 de maio de 1888, foi resultado das pressões internacionais, principalmente da Inglaterra, empenhada em conquistar novos mercados consumidores para o excedente da sua produção industrial, e as revoltas populares e dos negros que pipocavam em todo o território brasileiro, e que após a guerra do Paraguai e a vitória dos negros contra os escravocratas franceses no Haiti, tornaram-se um pesadelo para as elites escravista de nossa terra. Nestes 120 anos, pouco mudou nas relações sócio-econômico-culturais no Brasil. Os grilhões foram substituídos por um instrumento ideológico muito mais eficiente: o Racismo! Que através de mecanismos econômicos, culturais, institucionais e legais, impõem os espaços que são permitidos aos negros, preservando os melhores espaços para os brancos.Os castigos corporais, foram substituídos por perseguição, prisões e a eliminação física de jovens negros por orgãos de segurança dos governos, a policia, em todo o país.O racismo segregou os espaços de moradia, de educação, de consumo, através da monopolização dos melhores postos de trabalho e salário pelos euro-descendentes.Na sociedade, na política, o prestígio e os privilégios, advem da capacidade individual ou coletiva, de possuir-se algum poder econômico, ou ter padrinhos, o que não foi permitido aos negros neste século mais um quinto.O MNU-MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO, surgiu em 07 de julho de 1978, com ato público em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, em protesto contra as manifestações de racismo: O Assassinato de Robson Silveira da Luz, por policiais, dentro do distrito de Guaianazes - Capital, e a segregação de atletas negros, cestobolistas, do Clube de regatas Tietê, também na Capital-SP, por diretores, que os impediam de entrar na piscina do clube.O 07 de julho, foi um marco e dia de Gloria para os negros de SP e do Brasil, em plena ditadura militar, milhares de negros desafiam a repressão, e vão para a praça pública gritar em uníssono, o que estava engasgado na garganta de todo um povo, desde a ilegalidade da frente negra em 1937, pela ditadura do estado novo, desde o golpe militar que calou o Teatro experimental do Negro, de Abdias do Nascimento, em 1964: NÃO TOLERAREMOS MAIS O RACISMO E OS RACISTAS!!!; DE AGORA EM DIANTE OS RACISTAS NÃO DORMIRÃO MAIS EM PAZ!!!; ESTAREMOS ORGANIZADOS E VIGILANTES NA LUTA CONTRA O RACISMO!!! E assim tem sido, nestes 30 anos. Novas organizações surgiram, avanços e conquistas ocorreram, mas, praticamente todos beberam e se inspiraram nos Programa de Ação do MNU, nas bandeiras e nas lutas travadas por nossa organização.O MNU esteve lutas e manifestações contra o regime de aparthaid da África do Sul, pela derrubada da ditadura e por eleições livres no Brasil, no Fora Collor, na Construção da CUT, na Constituinte emplacando bandeiras pelo reconhecimento das terras quilombolas, pela inclusão da história do negro nos currículos escolares, e racismo como crime inafiançável.O MNU foi tema de artigos, teses e livros. Foi perseguido pela repressão e por governos ditos “democráticos”, com detenção, é o caso de Neninho do Obaluaiê, que por sua militância, mofou 14 anos na penitenciária de SP; com demissões de militantes sindicais: Miltom Barbosa, do Metro-SP; Reginaldo Bispo, da Unicamp-Campinas, por governos do PSDB/PMDB. Colecionamos nossos mártires: militantes nossos foram perseguidos, presos e mortos, pela policia e grupos de extermínio.Militantes do MNU, em salvador, vem recebendo ameaças de morte, devido a Campanha REAJA OU SERA MORTO OU SERÁ MORTA, do MNU e outras entidades negras de Salvador. A recente acusação de um alto funcionário da secretaria de segurança, de que o MNU “SERIA UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA” pela defesa que faz, naquele estado, contra a matança de jovens negros e por melhores condições aos encarcerados nas prisões públicas da Bahia, que mais lembram navios negreiros, pelo proporção de negros e pela condições fétidas e anti-humanas com que são tratados, nos dão uma idéia de como os carlistas ainda comandam o governo da BA. Será responsabilidade do governo petista de Jaqques Wagner, se algo vier ocorrer com aqueles irmãos e irmãs. Este ano é especial, muitas manifestações e comemorações serão realizadas em todo o país. Ao reavivamos esta história, renovamos nosso compromisso e disposição para seguir lutando, de forma independente, contra o racismo, em defesa de um Brasil melhor, onde negros e negras exerçam seus direitos inalienáveis de liberdade e cidadania, conscientes e organizados, construindo o CONNEB-Congresso Nacional de Negras e Negros do Brasil e o Projeto Político do Povo Negro para o Brasil, inclusivo e justo, onde os 50% da população, nós e nossas futuras gerações ocupemos os espaços que nos pertencem de direito.-VIVA O CONNEB!-CONSTRUIR PROJETO POLITICO DO POVO NEGRO PARA O BRASIL!-LONGA VIDA AO MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO!-Parabéns aos companheiros do MNU, são os votos do Grupo de Consciência NegraTambores dos Montes.