quarta-feira, 25 de junho de 2008

Novo Paradigma da Luta Negra

Estamos passando por um momento de relevante importância no que se refere às possibilidades de acesso do negro ao cenário das discussões de políticas de igualdade racial em nosso país.
Após quinhentos e oito anos, finalmente iniciativas concretas são propostas para corrigir uma dívida social brasileira com o povo negro. A palavra desafio, embora não traduza fielmente a ousadia e o caráter desbravador da iniciativa, é a que mais se aproxima do intento assumido por Zumbi, Xica da Silva, Mandela, Martin Luther King, Abdias do Nascimento, Pixinguinha, Machado de Assis, Aleijadinho, André Rebouças, Cruz de Souza, João Cândido e vários outros heróis que deram início à luta pela valorização do povo negro, para que pudéssemos simplesmente ser percebidos, como parte essencial da formação da sociedade brasileira.
Escravismo. O legado do passado escravista, aliado à omissão histórica do Estado brasileiro em face das desigualdades raciais e étnicas, produziu uma gama de iniqüidades resultantes do racismo, do preconceito e da discriminação racial.
Importante sabermos que de cada dez dias da nossa história, sete foram vividos sob o regime de escravidão. No Brasil temos o segundo maior contingente da população negra do mundo, ficando atrás apenas da Nigéria, somos o país de maior população negra fora da África. Nós que fomos o último país a se livrar da escravidão, ainda temos que em muito avançar na discussão da equidade e ascensão racial.
Diante disso, provoco todos os novos personagens desta história que integram esta grande família afrodescendente, a fazer diferente neste novo ano que se inicia. Chamo a todos a nos organizarmos, a nos capacitarmos, a nos entendermos mais, a vencermos todos os paradigmas de democracia racial e lutar por igualdade de oportunidades construindo novas perspectivas na militância étnico racial para a juventude e para o povo Negro Brasileiro.
Convoco a todos, para sermos juntos protagonistas de um novo país.
Alagoanos, baianos, brasilienses, mineiros, capixabas, mato-grossenses, paulistas, paranaenses, acreanos, amapenses, pernambucanos, goianos, paraenses, enfim, brasileiros irmãos; tenhamos Afroatitudes, na defesa das ações afirmativas, de igualdade de oportunidades e das políticas de promoção da igualdade racial, na luta contra o genocídio da juventude Negra.
Sinto da dificuldade de nos mobilizarmos e nos organizarmos. Após a abolição nós negros sofremos a dura repressão de uma escravidão intelectual, da negligência de nossa cor, de nosso cabelo, de nossa religião, da falta de empoderamento político e esse é o momento de construirmos um novo paradigma, esse é nosso tempo e ninguém irá fazer por nós, como dizia Stive Bico, agora é por nossa conta. Então que o espírito imortal de nossas antepassadas e antepassados, que nosso Deus e nossos Orixás possam nos envolver de ações que possam romper os limites da retórica, das declarações solenes, e passem a serem traduzidas e visualizadas por medidas tangíveis, concretas e articuladas, cabendo a nós a responsabilidade de criarmos e acompanharmos a efetivação e concretização de novas leis. Assim orientaremos nossa história rumo a um futuro justo de gozo pleno de cidadania até então ignorados, cerceados de nossos direitos à dignidade, trabalho, alimento, educação, vida social entre outros.
“Sei que não podemos mudar o começo, mas se quisermos podemos mudar o final”

Rumo a Plenária de Lançamento do Fórum Nacional da Juventude Negra.




Juliano Gonçalves Pereira é Preto, graduando em Educação Física, Diretor do Centro de Restauração e Desenvolvimento Humano para Dependentes de Substâncias Psicoativas Rainha da Paz, Coordenador do projeto Unimontes Afroatitude, Secretário do Tambores dos Montes, membro do Centro Cultural Capoeirando, membro do Conselho Municipal de Juventude, membro do Conselho Municipal de Igualdade Racial, Diretor de Esporte, lazer e Cultura do DCE/Unimontes e Coordenador provisório do Fórum Nacional de Juventude Negra pelo estado de Minas Gerais.

Tudo na vida tem seu ônus. Todas terão que fazer escolhas. Então, é pesar os prós e os contras e seguir em frente. O importante é ter foco e saber o que se quer conquistar.


Juliano Gonçalves Pereira
PAC-Articulador de DEC

juliano.edfisica@yahoo.com.br

CELEBRANDO JOÃOZINHO DA GOMÉIA E A NAÇÃO ANGOLA NO CENTENÁRIO DA UMBANDA

CELEBRANDO JOÃOZINHO DA GOMÉIA E A NAÇÃO ANGOLA NO CENTENÁRIO DA UMBANDA

Falar de candomblé no Brasil é falar da contribuição histórica de um de seus mais famosos filhos, nosso Joãozinho da Goméia, também conhecido como Tata Londirá o Rei do Candomblé, como o Brasil o conheceu. João Alves Torres Filho a quem a história imortalizou como Joãozinho da Goméia, iniciou-se no candomblé pelas mãos de Emanoel Severiano, o Jubiabá em 1930 e em 1934, seu Joãozinho alocou um terreiro no bairro hoje conhecido como Goméia, onde começou sua fantástica trajetória como um dos mais conhecidos e badalados Zeladores de Santo do Brasil.

Joãozinho da Goméia deixou sua marca e tradição por todo país e exterior, são mais de 5.500 filhas (os) de santo iniciados na tradição Goméia, milhares e milhares de netos e bisnetos da tradição. É difícil falar em candomblé no Brasil e não lembrar a Goméia de Seu Joãozinho. A primeira geração de filhos (as) da Goméia vivos têm de 60 a 104 anos. São homens e mulheres cuja vida está intrinsecamente ligada à tradição, que passam os anos a se orgulhar de sua descendência, apesar de todo preconceito e intolerância manifestas contra nossos valores assentados na matriz africana.

O candomblé é memória, conhecimento e tradição. Reconhecer a importância de Joãozinho na nossa história, também é reconhecer sua importância para Minas Gerais, Estado com a maior tradição Banto no Brasil e, consequentemente, onde temos o maior número de descendentes e que mais enraizou os conhecimentos e a tradição de Seu Joãozinho da Goméia.

Estamos realizando o Primeiro Encontro dos descendentes do Rei do Candomblé no Brasil, um homem que viveu e dedicou-se por inteiro à tradição de matriz africana e, portanto deixou ao país um dos maiores legados de resistência. Queremos com este encontro fortalecer nossos laços e nossas ações, homenageando seu Joãozinho e reconhecendo sua importância. Desta forma estaremos apropriando da memória e história de nossa tradição. Este encontro será um grande desafio e um momento ímpar na história do país, pois, como os filhos deste nosso Brasil, somos também diversos e plurais na mesma origem.

O Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-brasileiro - CENARAB, a Associação Arca Brasileira Jacutá de Iansã e Tata Oluô Gitadê (Sebastião Paulo da Silva), herdeiro dos Atins Religiosos de Joãozinho da Goméia e Líder Espiritual da Goméia/Toluaê, com o patrocínio da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR e da Fundação Cultural Palmares têm o prazer e a honra de abrir as portas da memória coletiva da família de Joãozinho da Goméia e convidá-lo a vir participar conosco, nesta celebração e homenagem a um dos maiores líderes da tradição de matriz africana de nosso país. Entre e com as bênçãos de nossos ancestrais vamos celebrar o passado, viver o presente e pensar o futuro da tradição da Goméia.


PROGRAMÇÃO

19/06 - QUINTA-FEIRA
Manhã e Tarde – Acolhimento das delegações
Recepcionistas e direção do CENARAB
19 Horas – Abertura do Encontro Nacional
Mesa composta por:
Tata Oluô Gitadê, (Sebastião Paulo da Silva), herdeiro dos Atins Religiosos de Joãozinho da Goméia e Líder Espiritual da Goméia/Toluaê
Representante da FCP
Representante da SEPPIR
Representação do CENARAB NACIONAL
Representação da Coordenação Nacional de Entidades Negras – CONEN
Representação da União de Negros pela Igualdade Racial – UNEGRO
Representação do Movimento Negro Unificado – MNU
Representação do Conselho Nacional das Ialorixás e Equedes Negras
Representação do Instituto de Tradição Cultural Afro-brasileiro – INTECAB
Representação da Federação Espírita Umbandista de MG
Representação do Instituto Alaiandê Xirê - BA.
Lideranças Religiosas
Autoridades Nacionais e Locais
Convidados
20 Horas - Celebração da Tradição de Matriz Africana
21 Horas - Show Musical
20/06 –SEXTA-FEIRA
9:00 Horas – Café
09:30 Horas - Mesa 1 – a Importância de Joãozinho da Goméia um ícone da historia do candomblé no Brasil
Palestrantes:
· Iya Cléo de Iansã – Agbeni Xangô do Axé Opó Afonjá – Iya Agã do Ile Baba Adeboulá – Iyalorixá do Ilê Asiwaju ­­– Escritora – Salvador/Bahia
· Representação da SEPPIR
· Representação da Fundação Cultural Palmares
· Ebame Jairo Pereira – Coordenador Nacional do CENARAB
· Ogã Gilberto de Esu - Olosun do Ile Osun Muiwa - Asogba do terreiro Asiwaju
Balogum lesse egun do Asiwaju – Vice-Presidente para a America Latina do World Congress of Orisa Tradition and Culture – São Paulo/SP

Mediadora
· Maria das Graças Sabóia – Coordenadoria Municipal de Assuntos da Comunidade Negra - COMACON/PBH
10:30 Horas - Intervalo - Café
10:45 Horas - Debate
12:30 Horas - Almoço
14:00 Horas – Mesa 2 - Celebrando Joãozinho da Goméia celebrando a tradição

Palestrantes:
· Tata Oluô Gitadê herdeiro dos Atins Religiosos de Joãozinho da Goméia e Líder Espiritual da Goméia/Toluaê
· Babalorixá Manoel do Nascimento Costa (Manoel Papai) – Terreiro Obá Ogunté – Pernambuco/PE
· Ogã Iperi Lodé Luis Austregésilo – Axé Opô Afonjá - Ojé do Axé Babá Adeboulá - Presidente do Instituto Alaiandê Xirê Salvador – BA
· Ebame Nice Evangelista Espíndola (Nice de Iansã) – Casa Branca do Engenho Velho – Secretária Nacional da FENACAB – Salvador/BA
Mediador :
· Oluô Gitai (Taulezu) – Goméia/Toluaê – São Paulo/SP
16 Horas – Intervalo Café
16:30 Horas – Apresentação Cultural Tradição de Angola
17:00 Horas – Integração Ontem e Hoje Ashé Goméia
Facilitadores:
· José Daniel das Neves – Tata Nanguê Lemba (Ogã Zé Daniel) – Goméia – Salvador/BA
· Cláudio Coelho – Tata Orinegançu (Pai Cláudio) – Goméia/Toluaê – São Paulo
· Bale Xangô Luciano Maurício – Ile Asiwaju – Ase Omon Oba Inan – Rio de Janeiro/RJ
Mediador:
· Professor Marcos Cardoso – Bacharel em Filosofia – Mestre em História – Belo Horizonte/MG
18:30 Horas - Jantar
20 Horas – Atividade Cultural
21/06 – SÁBADO
09:00 Horas – Café
09:30 Horas – Mesa 1 – Conhecendo a diáspora de Joãozinho da Goméia
Palestrantes:
· Tata Oluô Gitadê herdeiro dos Atins Religiosos de Joãozinho da Goméia e Líder Espiritual da Goméia/Toluaê
· Tata Walter de Logun – SP
· Professora Joselina da Silva (Jô) – Universidade Federal do Ceará – Juazeiro do Norte/Ceará
· Ojé Lejibé Eurico de Araújo Santos – Alabá do Ile Oluo Asiwaju - Ile Baba Aboula – Itaparica – Salvador/B
Mediadora
· Iya Vanda D’osun – Iyalorisa do Terreiro Ile Iya Mi Osun Muiywa – Otun Ialase do Terreiro Asiwaju – Osun Dum-lesse egun do Asiwaju – São Paulo/SP
10:30 Horas – Café
10:45 – Debate
12:30 Horas – Almoço
14:00 Horas – Espaço da Integração Ontem e Hoje Ashé Goméia - Depoimentos : Eu sei a importância de Joãozinho da Goméia no fortalecimento da Identidade Negra no Brasil
Facilitadores:
· Professor Marcos Cardoso – Bacharel em Filosofia – Mestre em História – Belo Horizonte/MG
· Equede Nirinha de Oxumarê - Ilê Axé Maroialaji – Alaketu – Salvador/BA
· Gano Gilberto Leal – Núcleo Cultural Niger Okan – Bogun – BA
· Jorge Carneiro – Ebame do Ilê Axé Iya Nassô Oka – RJ
· Oluô Ivani dos Santos – Centro de Articulação das Populações Marginalizadas – CEAP – Rio de Janeiro/RJ
16:00 Horas – Intervalo Café
16:15 Horas – Espaço da Integração Ontem e Hoje Ashé Goméia – Depoimentos continuação mesa anterior
18:30 Horas – Jantar
20 Horas - Celebração religiosa Casa de Sessy Itaocy (Reginaldo)
22/06 – DOMINGO
09:00 Horas – Café
09:30 Horas – Mesa – Ser Goméia – um desafio permanente Perspectivas do Futuro da Tradição Goméia
COMPOSIÇÃO DE MESA:
· Professor Marcos Cardoso – Bacharel em Filosofia – Mestre em História – Belo Horizonte/MG
· Professor Carlos Alberto – Coordenação Nacional do CENARAB - BRASÍLIA/DF
· Jorge Carneiro – Ebame do Ilê Axé Iya Nassô Oka – RIO DE JANEIRO/RJ
10:30 Horas – Intervalo Café
10:45 – Horas - Debate
12:30 Horas – Almoço
Encerramento
14:00 Horas – Roda de Caboclo - Sede da Associação da Resistência Afro-brasileira Jacutá de Iansã – Celebrando e encerrando
o Encontro Nacional da Família Gomeiana

terça-feira, 24 de junho de 2008

Jongo é uma manifestação cultural essencialmente rural, diretamente associada à cultura africana no Brasil

Jongo é uma manifestação cultural essencialmente rural, diretamente associada à cultura africana no Brasil e que influi poderosamente na formação do samba carioca em especial a cultura popular brasileira como um todo.
Inserindo-se no âmbito das chamadas “danças de umbigada” (sendo, portanto aparentada com o “semba” ou “masemba” de angola), o Jongo foi trazido para o Brasil por negros bantu, seqüestrados nos antigos reinos de angola e do congo na região compreendida hoje por boa parte do território da república de Angola.
Composto por músicas e danças características, animadas por contendores que se desafiam por meios da improvisação, ali, no momento, com cantigas ou pontos enigmáticos (“amarrados”), o Jongo tem provavelmente, como uma de suas origens mais remotas (pelo menos no que diz respeito à estrutura dos pontos cantados), o tradicional jogo de adivinhas angolano denominado Jinongonongo.
Participam homens e mulheres, mas em sua forma original, restrita aos iniciados ou mais experientes da comunidade.
VALORES
Um valor relacionado a normas éticas e sociais ainda hoje vigentes na sociedade tradicional angolana, baseadas na obediência a um conselho de indivíduos “mais velhos” e no “culto dos ancestrais”.
Dançando e cantando outrora com o acompanhamento de urucungo (arco musical bantu, vulgarmente conhecido hoje como berimbau), viola e pandeiro, além de três tambores cerimônias, utilizados até os nossos dias, chamados de “caxambu”, o maior – que dá nome a manifestação em algumas regiões – “Candongueiro”, o menor e o tambor de fricção “Ngoma-puíta” (que deu origem à cuíca do Samba), o Jongo ainda hoje é bastante praticado em diversas cidades de sua região original: O Vale do Paraíba, na Região Sudeste do Brasil, ao sul do Estado do Estado do Rio de Janeiro e ao Norte do estado de São Paulo.
Entre as diversas cidades que mantêm (ou até recentemente mantiveram) a prática desta manifestação, pode se citar, por exemplo, as localidades na periferia das cidades de Valença, Vassouras, Paraíba do Sul e Barra do Piraí (Rio de janeiro) além de Guaratinguetá e Lagoinha (São Paulo), com reflexos na região dos rios Tietê, Pirapora e Piracicaba, também em São Paulo (onde ocorre manifestação muito semelhante ao jongo conhecida pelo nome de “batuque”) e até em certas localidades no sul de Minas Gerais.
Entre os precursores da implantação do Jongo nesta área se destacaram a ex-escrava Maria Teresa dos Santos e muitos de seus parentes ou aparentados além de diversos vizinhos da comunidade, entre os quais, Mano Elói (Eloy Anthero Dias), Sebastião Mulequinho e Tia Eulália.
A partir de meados da década de 70, no mesmo Morro da Serrinha, o músico percussionista Darcy Monteiro (mais tarde conhecido como “Mestre Darcy”), a partir dos conhecimentos assimilados com sua mãe, a rezadeira Maria Joana Monteiro (discípula de Vó Teresa), passando a se dedicar à difusão das tradições do Jongo da Serrinha.
CANDOMBLÉ (REGIÃO DO NORTE DE MINAS)
Nos séculos XIV e XIX navios negreiros vindos da África desembarcavam no Brasil, trazendo juntamente com os negros toda a sua carga cultural. Os cultos africanos, desconhecidos naquela época pelos colonizadores portugueses, foram considerados como feitiçarias, porém, em média um século pós-abolição da escravatura, a sua concepção foi modificada, tornando-se uma das religiões mais populares no Brasil.
Denominado como candomblé, o culto as divindades africanas é hoje um dos maiores símbolos da resistência da cultura negra no Brasil. A diversificação de “nações” existentes se dá pela representação dos diferentes grupos étnicos provindos da África.
O candomblé Bantu herança das regiões africanas do Congo, Angola, Moçambique e outros, considerada primitiva quando comparada a outras nações como a dos Yorubás, possui atualmente pouca representação e estudos. No norte de Minas Gerais, o Candomblé Bantu se caracteriza pela diversidade de ritos dos Candomblés da Nação Angola. Esta diversificação possivelmente acontece devido à variedade dos precursores dos cultos aos Inkisses (como são denominados os Deuses cultuados pela nação Batu) em solos brasileiros.
FESTA DO ROSÁRIO
Influenciada pela cultura Africana, a Festa do Rosário trata-se de uma manifestação cultural religiosa até hoje realizada no mês de agosto nas ruas das cidades do Norte de Minas Gerais em especial na cidade e de Montes Claros.
Em sua totalidade, a festa é composta pelos catopés - representando os negros, a marujada - representando os portugueses e os caboclinhos - representando os índios. Muita dança e cantos invadem as ruas da cidade através dos três cortejos que reverenciam São Benedito, Divino Espírito Santo e Nossa Senhora. Estes, por sua vez, seguem para frente da Igreja do Rosário, local onde acontece o ponto máximo da festa.
O Fitas – grupo de tradições folclóricas apresenta em seu repertório a Festa do Rosário, sendo esta considerada uma das principais manifestações religiosas do Norte de Minas.
23/06 - 15:51
Capoeira pode virar patrimônio nacional
23/06 - 15:51
Concurso e que influi poderosamente na formação do samba carioca em especial a cultura popular brasileira como um todo.
Inserindo-se no âmbito das chamadas “danças de umbigada” (sendo, portanto aparentada com o “semba” ou “masemba” de angola), o Jongo foi trazido para o Brasil por negros bantu, seqüestrados nos antigos reinos de angola e do congo na região compreendida hoje por boa parte do território da república de Angola.
Composto por músicas e danças características, animadas por contendores que se desafiam por meios da improvisação, ali, no momento, com cantigas ou pontos enigmáticos (“amarrados”), o Jongo tem provavelmente, como uma de suas origens mais remotas (pelo menos no que diz respeito à estrutura dos pontos cantados), o tradicional jogo de adivinhas angolano denominado Jinongonongo.
Participam homens e mulheres, mas em sua forma original, restrita aos iniciados ou mais experientes da comunidade.
VALORES
Um valor relacionado a normas éticas e sociais ainda hoje vigentes na sociedade tradicional angolana, baseadas na obediência a um conselho de indivíduos “mais velhos” e no “culto dos ancestrais”.
Dançando e cantando outrora com o acompanhamento de urucungo (arco musical bantu, vulgarmente conhecido hoje como berimbau), viola e pandeiro, além de três tambores cerimônias, utilizados até os nossos dias, chamados de “caxambu”, o maior – que dá nome a manifestação em algumas regiões – “Candongueiro”, o menor e o tambor de fricção “Ngoma-puíta” (que deu origem à cuíca do Samba), o Jongo ainda hoje é bastante praticado em diversas cidades de sua região original: O Vale do Paraíba, na Região Sudeste do Brasil, ao sul do Estado do Estado do Rio de Janeiro e ao Norte do estado de São Paulo.
Entre as diversas cidades que mantêm (ou até recentemente mantiveram) a prática desta manifestação, pode se citar, por exemplo, as localidades na periferia das cidades de Valença, Vassouras, Paraíba do Sul e Barra do Piraí (Rio de janeiro) além de Guaratinguetá e Lagoinha (São Paulo), com reflexos na região dos rios Tietê, Pirapora e Piracicaba, também em São Paulo (onde ocorre manifestação muito semelhante ao jongo conhecida pelo nome de “batuque”) e até em certas localidades no sul de Minas Gerais.
Entre os precursores da implantação do Jongo nesta área se destacaram a ex-escrava Maria Teresa dos Santos e muitos de seus parentes ou aparentados além de diversos vizinhos da comunidade, entre os quais, Mano Elói (Eloy Anthero Dias), Sebastião Mulequinho e Tia Eulália.
A partir de meados da década de 70, no mesmo Morro da Serrinha, o músico percussionista Darcy Monteiro (mais tarde conhecido como “Mestre Darcy”), a partir dos conhecimentos assimilados com sua mãe, a rezadeira Maria Joana Monteiro (discípula de Vó Teresa), passando a se dedicar à difusão das tradições do Jongo da Serrinha.
CANDOMBLÉ (REGIÃO DO NORTE DE MINAS)
Nos séculos XIV e XIX navios negreiros vindos da África desembarcavam no Brasil, trazendo juntamente com os negros toda a sua carga cultural. Os cultos africanos, desconhecidos naquela época pelos colonizadores portugueses, foram considerados como feitiçarias, porém, em média um século pós-abolição da escravatura, a sua concepção foi modificada, tornando-se uma das religiões mais populares no Brasil.
Denominado como candomblé, o culto as divindades africanas é hoje um dos maiores símbolos da resistência da cultura negra no Brasil. A diversificação de “nações” existentes se dá pela representação dos diferentes grupos étnicos provindos da África.
O candomblé Bantu herança das regiões africanas do Congo, Angola, Moçambique e outros, considerada primitiva quando comparada a outras nações como a dos Yorubás, possui atualmente pouca representação e estudos. No norte de Minas Gerais, o Candomblé Bantu se caracteriza pela diversidade de ritos dos Candomblés da Nação Angola. Esta diversificação possivelmente acontece devido à variedade dos precursores dos cultos aos Inkisses (como são denominados os Deuses cultuados pela nação Batu) em solos brasileiros.
FESTA DO ROSÁRIO
Influenciada pela cultura Africana, a Festa do Rosário trata-se de uma manifestação cultural religiosa até hoje realizada no mês de agosto nas ruas das cidades do Norte de Minas Gerais em especial na cidade e de Montes Claros.
Em sua totalidade, a festa é composta pelos catopés - representando os negros, a marujada - representando os portugueses e os caboclinhos - representando os índios. Muita dança e cantos invadem as ruas da cidade através dos três cortejos que reverenciam São Benedito, Divino Espírito Santo e Nossa Senhora. Estes, por sua vez, seguem para frente da Igreja do Rosário, local onde acontece o ponto máximo da festa.
O Fitas – grupo de tradições folclóricas apresenta em seu repertório a Festa do Rosário, sendo esta considerada uma das principais manifestações religiosas do Norte de Minas.

Capoeira pode virar patrimônio nacional

Capoeira pode virar patrimônio nacional
Da Ascom/Iphan
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reúne-se, a partir das 14h30 do dia 15 de julho, no Salão dos Espelhos do Palácio Rio Branco (Praça Tomé de Sousa - Centro), em Salvador, para votar o registro da Capoeira como patrimônio cultural brasileiro.
Também será apreciado o tombamento do Forte Assunção, do Século XVII, que deu nome à cidade de Fortaleza, capital do Ceará, além da proposta de preservação de vários edifícios de valor histórico do Bairro do Comércio, na Cidade Baixa de Salvador.
O registro de patrimônio imaterial também deverá valorizar o ofício dos mestres nesse saber que mistura luta música e dança. Responsáveis pela divulgação desta atividade em mais de 150 países, os mestres terão sua habilidade de ensino reconhecida.
Os capoeiristas vão celebrar o registro de sua arte com um grande evento no Teatro Castro Alves, oferecido pelo Ministério da Cultura, o Iphan e o Governo do Estado. Já estão confirmados apresentação dos baianos do Recôncavo, Maria Bethânia e Roberto Mendes, dos percussionistas Naná Vasconcelos, Wilson Café e Ramiro Musotto, além do mestre capoeirista Lorimbau. A entrada será gratuita e haverá distribuição de ingressos na véspera.
Ainda no Teatro Castro Alves, será aberta a exposição Na roda da capoeira, produzida a partir do inventário realizado entre 2006 e 2007 para o registro deste bem imaterial. São pinturas, esculturas em barro, instrumentos musicais, xilogravuras e folhetos de cordel que retratam o universo da capoeiragem. Na ocasião, também haverá o lançamento do livro, produzido pelo Iphan, Ofício das baianas do acarajé. O material é resultado do processo de registro, em janeiro de 2005, de este outro saber característico da cultura brasileira. 23/06/2008 - 15h51m
Da Ascom/Iphan
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reúne-se, a partir das 14h30 do dia 15 de julho, no Salão dos Espelhos do Palácio Rio Branco (Praça Tomé de Sousa - Centro), em Salvador, para votar o registro da Capoeira como patrimônio cultural brasileiro.
Também será apreciado o tombamento do Forte Assunção, do Século XVII, que deu nome à cidade de Fortaleza, capital do Ceará, além da proposta de preservação de vários edifícios de valor histórico do Bairro do Comércio, na Cidade Baixa de Salvador.
O registro de patrimônio imaterial também deverá valorizar o ofício dos mestres nesse saber que mistura luta música e dança. Responsáveis pela divulgação desta atividade em mais de 150 países, os mestres terão sua habilidade de ensino reconhecida.
Os capoeiristas vão celebrar o registro de sua arte com um grande evento no Teatro Castro Alves, oferecido pelo Ministério da Cultura, o Iphan e o Governo do Estado. Já estão confirmados apresentação dos baianos do Recôncavo, Maria Bethânia e Roberto Mendes, dos percussionistas Naná Vasconcelos, Wilson Café e Ramiro Musotto, além do mestre capoeirista Lorimbau. A entrada será gratuita e haverá distribuição de ingressos na véspera.
Ainda no Teatro Castro Alves, será aberta a exposição Na roda da capoeira, produzida a partir do inventário realizado entre 2006 e 2007 para o registro deste bem imaterial. São pinturas, esculturas em barro, instrumentos musicais, xilogravuras e folhetos de cordel que retratam o universo da capoeiragem. Na ocasião, também haverá o lançamento do livro, produzido pelo Iphan, Ofício das baianas do acarajé. O material é resultado do processo de registro, em janeiro de 2005, de este outro saber característico da cultura brasileira.

O sucesso da Noite da Beleza Negra

O sucesso da Noite da Beleza Negra
Mais uma vez conquistamos uma estrela em nossa vitoriosa carreira no colunismo social. Na última sexta, com o apoio de Hilário Bispo (Grupo Consciência Negra Tambores dos Montes) e Vera Nice (Brexó), realizamos no glorioso salão de festas do Automóvel Clube de Montes Claros, a 1ª Noite da Beleza Negra. A festa, repleta de atrações foi um verdadeiro espetáculo com animação da consagrada Alice Entreportes e banda que fervilhou a pista.
Também entregamos o diploma Tamborim de Ouro 2008 aos melhores do carnaval. Finalizando, realizamos um belo desfile com abertura apoteótica, homenageando a beleza negra, o carnaval e o futebol. Posteriormente, elegemos a Miss e Mister Beleza Negra de Moc.
O resultado premiou Bruna Michele, na categoria de Miss, seguida por Gláucia Lopes, em 2º lugar e Laiane de Sá em 3º. Na categoria de Mister Beleza Negra, Patrick Ferreira conquistou o 1º lugar, Paulo André ocupou a segunda colocação e Arlen Santos o 3º lugar. Confira nesta edição a cobertura fotográfica de Fabyo Alves.

domingo, 15 de junho de 2008

BELEZA NEGRA AGITA O AC DIA 20

BELEZA NEGRA AGITA O AC DIA 20
Todas as atenções da nossa sociedade estão voltadas para a grande Noite da Beleza Negra. A super festa produzida por JJ com o apoio do grupo Consciência Negra Tamboris dos Montes, presidido por Hilário Bispo, agitará o salão nobre de festas do glorioso Automóvel Clube de Montes Claros às 22h30 do próximo dia 20, sexta-feira.
A atração musical será Alice Entreportes e banda, famosa cantora que encantou o ex-presidente JK com sua bela voz. No repertório, o melhor do samba, boleros e forró. Também teremos uma homenagem a 20 destaques do carnaval com o diploma Tamborim de Ouro aos melhores da folia em Montes Claros, região e alguns nomes do carnaval carioca.
Completando esta noite tipicamente brasileira, mas com toque afro teremos um belíssimo desfile para eleger a Miss e Mister Beleza Negra de Moc.
As reservas para esta promoção moderna e diferenciada podem ser feitas pelo 32216084 no AC ou 9155-3222. Também teremos à venda de convites individuais, porém limitados.

Estrela do Norte
Toda beleza de Gilvânia Trindade,uma das candidatas ao título de Beleza Negra dia 20, no AC

· CONTRA O PRECONCEITO – Assumo sem nenhum problema e fico feliz de ser consagrado como o repórter social mais popular de Moc. Sou um colunista inclusivo e que procura agregar os valores da nossa sociedade independente de cor, sexo, raça e classe social. Ano passado, realizamos com sucesso o Oscar dos Bairros, festa que voltaremos a realizar neste ano. De uma coisa não abrimos mão: a qualidade! Quem for ao AC dia 20, verá um espetáculo de primeira na Noite da Beleza Negra. Já dizia Joãozinho 30: “O povo gosta é de luxo!”
· SAMBA, LUXO E BELEZA – Além de desfilarem com luxuosos vestidos de gala, nossas candidatas ao título de embaixatriz da beleza negra irão sambar na passarela com luxuosas fantasias do carnaval carioca, como acontece nos concursos Miss Brasil TUR e Miss Brasil Globo. A festa da Beleza Negra, dia 20 no AC, promete!
· PRODUÇÃO E APOIO – Nossos amigos Hilário Bispo, Brexó, Vera Loyola, Cinara Dreide, Fábyo (fotógrafo), Fatinha Colares, Coró Brabosa e Liege Rocha, nos dando o total apoio neste projeto de festa diferenciada. Por ter muitas atrações, a Festa da Beleza Negra terá seu tempo com roteiro rigoroso e agilidade para que não ocorram atrasos. Sem contar que também contratamos uma banda de repertório variado e de qualidade, comandada pela bela voz de Alice Entreportes, que vai fervilhar a pista do AC.
· DANÇANTE DO AC – Considerado o melhor projeto musical do interior mineiro, a Quinta Dançante do AC já recebeu personalidades de peso da política mineira e vários secretários do governo Aécio Neves. Nesta quinta, às 22h30, o presidente Coró Barbosa apresenta o talentoso artista mineiro João Carlos, o Fera de Minas. No repertório o melhor do forró, sertanejo, românticas e anos 60. Convites a preços acessíveis.
· EXPOMONTES 2008 - Nesta sexta, a partir das 21horas, a Sociedade Rural de Montes Claros mais uma vez recebe a imprensa, agências, marketeiros e convidados para o coquetel de lançamento da Expomontes 2008. Vale destacar o valoroso trabalho do presidente daquela entidade, Alexandre Viana e de toda a sua diretoria.

O candidato ao título de Mister Beleza Negra, Paulo André
Com JJ, as candidatas ao título de Beleza Negra, Jeane Cristinae Gláucia Lopes com Hilário Bispo presidente dos Tambores dos Montes
Com o presidente do AC, Coró Barbosa, as belas candidatas:Layane Bezera, Jeane Cristina e Gláucia Lopes

terça-feira, 10 de junho de 2008

A Identidade da Raça

A Identidade da Raça
A cultura negra marca sobremaneira a cultura brasileira. Seus traços estão na nossa forma de falar, de nos portarmos, em nossos rostos, em nossa comida, música e dança. A história do Brasil é indissociável da influência dos povos africanos que foram trazidos para cá e que participaram ativamente da construção econômica e social de nosso país. Contudo, a participação dos negros ainda é muito reduzida dentro das esferas de decisão do poder público, nas universidades e em cargos de direção de grandes empresas. Situação que se agrava conforme o gênero, a idade e a classe social dos indivíduos.
O documentário “Raça”, da série Juventude de Atitude, produzida pela Associação Imagem Comunitária com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, aborda a questão do negro na perspectiva de três entidades juvenis que atuam na valorização da identidade afro-brasileira em Belo Horizonte: a ONG Humbiumbi, o grupo de mulheres Negras Ativas e a Associação Cultural Odum Orixás.
Humbiumbi é o nome de um pássaro angolano que usa o seu canto para conclamar pássaros de outras espécies para segui-lo em seu vôo. Cada vez mais alto e juntos, sempre. A ONG nasceu da proposta de promover a troca cultural entre brasileiros e angolanos, aproximando os dois povos. Atualmente, ela está localizada no Buritis e trabalha com jovens da região centro-oeste da capital, realizando projetos de comunicação, artes, saúde, acompanhamento familiar, educação e participação comunitária. Além disso, a instituição busca envolver diversos segmentos da comunidade e fazer de seu centro cultural um espaço de convivência e de expressão genuína da população dos bairros de periferia da região.
O grupo Negras Ativas foi criado em 2003 por um grupo de amigas, ativistas do movimento negro. O coletivo, formado por mulheres jovens e negras, atua com o objetivo de promover a inclusão e o reconhecimento da mulher na arena do debate político, cultural, familiar e social, afirmando seu espaço criativo e expressivo na construção de uma sociedade mais plural, pautada no respeito aos direitos de mulheres e homens. A diversidade, o respeito mútuo e a liberdade de expressão são propostos como os principais instrumentos de transformação das relações de gênero. Além disso, as integrantes do Negras Ativas também formam um grupo de rap, cujas letras denunciam o machismo e a opressão contra as mulheres.
A Associação Cultural Odum Orixás, por sua vez, também tem na cultura o principal mote para promover a reflexão sobre a trajetória do povo negro e as produções de matrizes africanas no contexto de Minas Gerais. Com um forte viés político, a Associação nasceu na década de 70, como um balé folclórico de jovens negros. Desde então, o grupo vem expandindo sua atuação para além da coreografia e da dança, envolvendo também iniciativas de formação, geração de renda e mobilização comunitária. Entre uma oficina e outra, o trabalho da ONG é marcado por discussões relacionadas ao resgate e à valorização das manifestações culturais afro-brasileiras, principalmente na perspectiva da juventude.
Identidade e Diversidade
Na atuação das três entidades, a questão da afirmação da identidade negra evidencia-se como uma das principais questões. Quer seja de um indivíduo ou de um grupo, a identidade é constituída na interação com o outro e corresponde aos elementos que organizam os significados acerca de nós mesmos. Assim, é no universo das interações simbólicas que estes grupos atuam. Ao valorizar as raízes da cultura negra, essas entidades criam condições para que as pessoas se afirmem e se reconheçam como importantes atores sócio-culturais, abrindo caminhos para novas conquistas.
Valéria da Silva, da Humbiumbi, afirma que as pessoas têm dificuldade para reconhecer as suas próprias raízes e, com isso, de se conhecerem melhor e de se aceitarem. Segundo ela, é fundamental “mostrar para a pessoa que ela é importante e que ela é capaz de transformar o meio em que está inserida”.
Adilson Sabará, da Associação Cultural Odum Orixás, alerta sobre o perigo da segmentação. De acordo com ele, “o negro, ou quem atua na defesa das questões da identidade afro-brasileira, não deve se fechar para as outras coisas do mundo, para as outras oportunidades e referências”. Segundo ele, a questão não é impor algo, mas criar espaços para que os diferentes grupos possam se respeitar. Cássia Donato, do Negras Ativas, confirma essa idéia ao destacar que a igualdade racial tem que ser buscada através de uma compreensão maior de união. Ela recorda, ainda, que mesmo o movimento negro não é algo uníssono, “um desafio e um caminho que estão sendo traçados é trabalhar dentro dos próprios movimentos a questão das diferenças, da pluralidade”. A busca e a afirmação da identidade negra tem como objetivo criar espaços de referência, de reconhecimento e de auto-conhecimento de cada um. Mas, antes de tudo, é importante que se tenha em mente que nenhuma cultura é melhor do que a outra. Ou, nas palavras de Adilson Sabará, é preciso levar em consideração que “são cores diferentes, mas de uma única raça, a humana.”
O documentário “Raça” tera foi lançado no dia 12 de julho de 2007,centro cutural da UFMG.
Às 18:00 e 20:00hs